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quarta-feira, 08/10/2025

Família enfrenta dificuldades para trazer corpo de brasileiro morto no Camboja

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Uma família da cidade de Igarapé, em Minas Gerais, enfrenta uma situação difícil desde julho, tentando trazer de volta o corpo de Gabriel Oliveira, um brasileiro que faleceu no Camboja em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas.

Em abril, Gabriel, de 24 anos, aceitou uma proposta de trabalho na área de tecnologia da informação no Camboja, com contrato de um ano e meio, buscando uma vida melhor em um país situado a mais de 17 mil quilômetros do Brasil.

Segundo seus familiares, que conversaram com o Metrópoles, Gabriel partiu no início do mês com viagem custeada pela empresa contratante. Ele passou pela Tailândia, onde pegou uma van até o Camboja.

Mesmo com a diferença de fuso horário e a distância, o jovem mantinha contato frequente com a família por chamadas telefônicas e vídeos nos primeiros meses, mostrando sua rotina, a casa onde morava e a academia, embora pouco falasse sobre o trabalho, que consistia em manutenção das redes de computadores e uma carga grande de tarefas.

Último contato e morte

O contato de Gabriel cessou no dia 5 de julho, e em 15 de julho sua família recebeu a notícia da morte pelo consulado brasileiro em Bangkok, na Tailândia, que cuida dos brasileiros no Camboja.

Foi informado que o jovem morreu em um incêndio acidental, mas detalhes não foram divulgados. O pai, Daniel Araújo, viajou para Brasília para identificar fotos do jovem e afirmou ter 90% de certeza sobre sua identidade.

Dificuldades para a repatriação

Com a confirmação do óbito, a família pediu ajuda ao governo brasileiro para trazer o corpo, mas o Ministério das Relações Exteriores recusou o pedido, alegando que o caso não se enquadra nos critérios para custeio do translado.

Apesar de um recente decreto presidencial que facilita o transporte de corpos em algumas situações, o pedido da família foi negado também pela Advocacia-Geral da União.

Daniel Araújo comenta sobre a dor de não poder resgatar o filho e a angústia da esposa e filha que aguardam um possível adeus.

Sem resposta do governo, a família criou uma página no Instagram chamada “Repatriação do Gabriel” para chamar atenção e buscar apoio.

Até o fechamento desta matéria, o Ministério das Relações Exteriores não se pronunciou sobre o caso.

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