JULIA CHAIB
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS)
Parentes do ministro Alexandre Padilha, que é do Ministério da Saúde, tiveram seu visto para entrar nos Estados Unidos cancelado, conforme informado pelo consulado americano em São Paulo.
Essa ação ocorreu dois dias após o Departamento de Estado dos EUA, durante a administração de Donald Trump, ter cancelado vistos de pessoas que participaram do programa Mais Médicos.
Embora o nome do ministro Padilha tenha aparecido nessa lista, ele não foi afetado porque seu visto já estava expirado.
A esposa e a filha de Padilha receberam notificações dizendo que surgiram informações que podem tornar elas inelegíveis para o visto. Esta notícia foi antecipada pelo G1 e confirmada pela Folha de S.Paulo.
No dia 13 de junho, o Departamento de Estado dos EUA informou que cancelaria vistos de autoridades brasileiras e ex-funcionários da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) que trabalharam no programa de contratação de médicos cubanos pelo Mais Médicos.
O governo Trump mencionou que revogou os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, justificando que ambos participaram da implantação do Mais Médicos enquanto trabalhavam no Ministério da Saúde do Brasil.
Mozart Júlio Tabosa Sales é secretário de Atenção Especializada à Saúde e tem uma relação próxima com o ministro Alexandre Padilha. Já Alberto Kleiman coordena a COP30 da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que inclui países da região amazônica.
O programa Mais Médicos foi criado em 2013, no governo da presidente Dilma Rousseff, quando Padilha também estava como ministro da Saúde. As pessoas afetadas pela decisão dos EUA trabalharam junto com ele na época.