LUÍSA MONTE
FOLHAPRESS
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta segunda-feira (6) que a principal linha de investigação para os casos de intoxicação por metanol é o uso dessa substância tóxica na fabricação de bebidas falsificadas.
Uma hipótese anterior, que sugeria que criminosos poderiam ter usado metanol para limpar garrafas, não foi totalmente descartada, mas não é mais o foco principal da investigação.
Derrite explicou que a principal suspeita da Polícia Civil é que, durante a adulteração, o etanol usado nas bebidas clandestinas seja de baixa qualidade e já esteja contaminado com metanol.
O secretário também afirmou que a origem desse etanol contaminado é desconhecida, pois é fácil encontrar o produto em lugares como postos de combustível e até na internet.
Segundo o governador Tarcísio de Freitas, 20 pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na adulteração das bebidas. Derrite acrescentou que os presos não têm ligação entre si nem com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Casos confirmados no país
O Ministério da Saúde informou que já existem 16 casos confirmados de intoxicação por metanol, enquanto 209 casos ainda estão sendo investigados.
O estado de São Paulo concentra a maioria dos casos, com 192 notificações, sendo 14 confirmadas e 178 em investigação.
Os casos foram registrados em 12 estados – Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará – além do Distrito Federal.
Casos suspeitos na Bahia e no Espírito Santo foram descartados pelo Ministério da Saúde.