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quarta-feira, 29/10/2025

Falsa ordem de recolher no Rio causa pânico entre moradores

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Após a operação mais violenta na história do Rio de Janeiro, realizada na terça-feira (28/10), os complexos da Penha e do Alemão — que englobam 26 comunidades — foram transformados em um cenário de guerra intensa. A ação resultou em diversas mortes, incluindo policiais civis e militares, além de muitos feridos.

Os moradores, que ficaram presos no meio do fogo cruzado entre membros do Comando Vermelho (CV) e forças de segurança, passaram por momentos de muito medo e angústia. Esse medo foi agravado após a circulação de um falso alerta de “Cidade em Estágio 4”, que orientava as pessoas a não saírem às ruas e permanecerem em locais seguros.

Na realidade, o COR-Rio (Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio) declarou apenas o estágio 2, que indica ocorrências com potencial de piora. Durante este estágio, a recomendação é que os moradores evitem transitar nas áreas onde ocorrem os conflitos. Na manhã de quarta-feira (29/10), o COR-Rio informou via redes sociais que a população já pode retomar suas atividades normais.

Segundo dados iniciais, a maioria dos mortos foi encontrada em área de mata na Vacaria, na Serra da Misericórdia, principal local dos confrontos entre policiais e traficantes. Moradores relataram a presença de corpos no topo do morro, aguardando remoção.

Operação sangrenta

Conforme informações do Palácio Guanabara, a ação mobilizou aproximadamente 2,5 mil agentes de diversas corporações, incluindo Polícia Civil, Polícia Militar e unidades especiais, com o intuito de restringir a expansão territorial do Comando Vermelho e desarticular sua estrutura logística.

Os moradores descreveram uma noite de terror, com helicópteros rondando as comunidades e veículos blindados avançando pelos becos e vielas. O barulho de tiros e explosões persistiu até o amanhecer, especialmente nas áreas da Grota, Fazendinha e Vila Cruzeiro.

Apesar do bloqueio, alguns criminosos conseguiram fugir por rotas alternativas. As autoridades localizaram túneis e passagens escondidas entre casas e muros, usadas para uma fuga organizada, lembrando estratégias vistas há 15 anos durante a invasão histórica ao Alemão, em 2010.

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