“Os norte-americanos têm seus próprios interesses na Ucrânia, e seus objetivos estão longe dos interesses dos países europeus”, crê Aleksandr Bartosh.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, após a reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20, afirmou que “o combate global das narrativas” sobre a Ucrânia “está em pleno andamento”, acrescentando que o posicionamento da UE sobre a questão não era dominante. Opiniões sobre o que se deve fazer a seguir, segundo Borrell, “diferem de forma acentuada”.
Enquanto os países do G7 (Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá, França, Japão e EUA) e seus apoiadores “mantêm um posicionamento unido, ao condenarem a Rússia e imporem sanções contra ela”, outros países “frequentemente seguem outros pontos de vista”, reconheceu Borrell.
Segundo Josep Borrell, muitos, por diferentes razões, seguem um posicionamento moderado: uns estão “mais preocupados com as consequências da guerra para eles mesmos”, enquanto outros utilizam a política de “dois pesos, duas medidas”, querendo manter boas relações com a Rússia ou “não desejando tomar partido, porque isso prejudicaria seus próprios interesses geopolíticos”.
A Rússia iniciou operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, com o objetivo de “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, após as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pedirem ajuda para se defender da intensificação dos ataques ucranianos.
Segundo o Ministério da Defesa russo, somente a infraestrutura militar ucraniana está na mira. Moscou já reiterou, por diversas vezes, que não tem planos de ocupar o país. Os países do Ocidente, em resposta à operação russa, lançaram uma campanha de sanções sem precedentes contra Moscou.