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domingo, 24/11/2024
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Facebook e Instagram criam selo para alertar sobre tratamento sem eficácia

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Nas próximas semanas, conteúdos que falam sobre tratamentos sem eficácia para combater o coronavírus receberão uma mensagem alertando o usuário

Em nota, o Facebook afirma que mais de 16 milhões de postagens contendo desinformação já foram removidas (Lucas Agrela/Site Exame)

Na última terça-feira (13), o Facebook anunciou mais um de seus esforços para combater a desinformação sobre o coronavírus em suas plataformas, incluindo o Instagram.

Agora, postagens sobre tratamentos sem eficácia comprovada irão ter a seguinte mensagem embaixo: “Alguns tratamentos não aprovados para covid-19 podem causar danos graves”, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) como fonte oficial e um link para a Central de Informações da plataforma. O alerta estará disponível em inglês, português, espanhol, árabe, francês e indonésio e será lançado nas próximas semanas.

A iniciativa é uma de várias ações do Facebook para tentar conter a desinformação, especialmente sobre a pandemia. Atualmente, qualquer conteúdo relacionado ao coronavírus recebe uma mensagem anexada direcionando o usuário a Central de Informações.

“O Facebook conta com agências verificadoras de fatos parceiras que analisam conteúdos que, quando marcados como falsos, são rotulados no Facebook e no Instagram e tem seu alcance reduzido”, explica a empresa em nota. “Além disso, a plataforma remove alegações comprovadamente falsas sobre a doença, como por exemplo, que ela foi criada por humanos e que pegar covid-19 é mais seguro do que tomar a vacina.”

Ainda de acordo com a nota, mais de 2 bilhões de pessoas em 189 países usaram a Central e mais de 16 milhões de publicações contendo desinformação sobre a covid-19 no Facebook e no Instagram foram removidas.

Desinformação é tema do Congresso dos EUA

O combate a desinformação aumentou consideravelmente nas redes sociais após o governo dos Estados Unidos começar uma série de audiências para discutir o papel das plataformas digitais em disseminar desinformação. Mark Zuckerberg e os presidentes do Google e do Twitter, Sundar Pichai e Jack Dorsey, participaram de várias delas durante 2020.

No final do último mês, os três CEOs foram na Câmara dos Representantes pela primeira vez desde a invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro, ataque que não teria sido possível sem as redes sociais. Zuckerberg defendeu uma reforma na legislação norte-americana, afirmando que é preciso cobrar mais responsabilidade das plataformas pelo conteúdo, mas que uma “imunidade” deve ser mantida para as redes sociais que têm mecanismos de controle corretos.

“Em vez de receber imunidade, as plataformas devem ser cobradas para demonstrar que têm sistemas para identificar conteúdo ilegal e removê-lo. As plataformas não devem ser responsabilizadas se uma parte específica do conteúdo burla sua detecção – o que seria impraticável para plataformas com bilhões de postagens por dia –, mas devem ser obrigadas a ter sistemas adequados implementados para lidar com conteúdo ilegal”, diz Zuckeberg na carta. Ele sugere que a definição de um “sistema adequado” seja feita por um órgão independente.

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