A rede social começou nesta quinta a etiquetar meios de comunicação que tenham ligações editoriais que possam estar sob a influência de Estados
O Facebook começou nesta quinta-feira (4) a etiquetar meios de comunicação que tenham ligações editoriais que possam estar sob a influência de governos, e disse que os anúncios dessas empresas seriam bloqueados até o final deste ano.
A rede social está seguindo um plano anunciado anteriormente para etiquetar a mídia controlada pelo Estado, segundo o chefe da política de segurança cibernética do Facebook, Nathaniel Gleicher.
“Acreditamos que as pessoas devam saber se as notícias que leem são provenientes de uma publicação que pode estar sob a influência de um governo”, anunciou Gleicher em uma publicação.
Segundo Gleicher, o Facebook começará ainda este ano a adicionar rótulos semelhantes a esses anúncios midiáticos, bloqueando-os por completo com vistas às eleições presidenciais americana de novembro “para fornecer uma camada extra de proteção contra vários tipos de influência estrangeira no debate público”.
Para o Facebook, a definição de mídia controlada pelo Estado inclui a influência sobre o conteúdo editorial e o apoio financeiro aos veículos, explicou.
As ‘tags’ aparecerão nas páginas da rede social em todo o mundo e nas seções de publicidade.
Nos Estados Unidos, as ‘tags’ também aparecem nas postagens do “Novo Feed” e na apresentação da rede social, disse Gleicher.
“Se determinarmos que existem proteções suficientes para garantir independência editorial, o rótulo não será aplicado”, ressaltou o executivo.
O Facebook informou ter consultado “mais de 65 especialistas mundiais especializados em mídia, governança e direitos humanos e desenvolvimento” para estabelecer suas políticas.
A medida veio em meio à histórica acusação sobre a interferência estrangeira nas eleições de 2016 nos EUA e ao acalorado debate sobre como essa rede social lida com desinformação e postagens consideradas incendiárias, incluindo as do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O Facebook também está em processo para estabelecer um “tribunal supremo” ou conselho fiscal que faça determinações sobre remoção de conteúdo.