O projeto que visa combater o crime organizado, conhecido como PL Antifacção, está enfrentando dificuldades na Câmara dos Deputados. Em entrevista, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu que as facções criminosas sejam consideradas como terrorismo, criticando a exclusão dessa classificação no texto que está sendo discutido no Congresso.
Para Ronaldo Caiado, as facções já controlam várias áreas no país, inclusive regiões da Amazônia, onde comandam atividades ilegais como garimpo, tráfico de drogas e contrabando de madeira. “A soberania brasileira está dominada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho”, afirmou.
Ele ainda mencionou episódios de violência contra autoridades que trabalham para combater essas organizações criminosas. “Não se trata de crimes isolados, mas de uma estrutura governamental, porém ligada ao crime”, explicou Caiado.
O governador afirmou que, caso o projeto seja submetido a votação, teria cerca de 70% de aprovação. Se a proposta não for aprovada agora, ele pretende fazer dessa pauta uma das suas prioridades, buscando implementar a equiparação das facções ao terrorismo como uma das primeiras medidas.