O legislador assegurou que o problema para que mais jovens ingressassem nas Forças Armadas dos EUA se arrasta desde a pandemia de COVID-19, já que, devido à crise de saúde, os recrutadores não podem ir às escolas, como costumavam fazer, para convocar novos soldados.
Apesar de as restrições sanitárias terem sido praticamente suspensas desde o início de 2022, isso não ajudou a amenizar o problema, declarou Smith.
“No momento, temos um problema de contratação, temos um plano para corrigi-lo e acho que uma das coisas mais importantes a se lembrar é que o principal motivo pelo qual temos um problema de contratação são os dois anos de pandemia”, disse o congressista da ala democrata.
Esta situação foi confirmada pelo próprio secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, que afirmou que os militares não têm podido visitar escolas secundárias nos últimos dois anos. Por isso, o Exército dos Estados Unidos está ampliando o programa piloto intitulado Curso Preparatório para Futuros Soldados, implantado pela primeira vez em Fort Jackson, na Carolina do Sul, e do qual já participaram 2.695 pessoas.
O programa paga recrutas em potencial para participar de um treinamento de 90 dias. Com isso, espera-se que, no futuro, os recrutas possam participar de programas militares de formação básica.
De acordo com dados recolhidos pelo portal de notícias especializadas Defensa, o país norte-americano prevê recrutar um total de 500 mil jovens, apesar de o orçamento previsto para 2023 contemplar apenas 473 mil e ainda que a tendência nos últimos anos seja descendente.
De acordo com um relatório do Gabinete de Imprensa do Exército dos Estados Unidos realizado pelo sargento Anthony Hewitt, em 2022 foram recrutados 44.900 voluntários, 25% a menos do que o esperado, para um total de 466 mil homens e mulheres, dez mil a menos do que o previsto anteriormente.