Manter uma rotina regular de exercícios é uma recomendação constante para quem tem diabetes. Contudo, uma nova pesquisa revela que mesmo aqueles que conseguem se exercitar apenas nos finais de semana, desde que com a intensidade e duração adequadas, podem obter benefícios importantes para a saúde do coração.
Estudos anteriores já indicavam que pessoas com diabetes têm maior probabilidade de desenvolver problemas cardiovasculares. O excesso de açúcar no sangue pode causar danos aos vasos sanguíneos e ao coração ao longo do tempo, contribuindo para a formação de placas nas artérias, um processo conhecido como aterosclerose.
A pesquisa, publicada na revista Annals of Internal Medicine em 22 de julho, acompanhou 51.650 adultos com diabetes por aproximadamente 10 anos. Os dados vieram da Pesquisa Nacional de Entrevistas de Saúde dos Estados Unidos, entre 1997 e 2018, cruzados com registros de óbitos até 2019.
Sinais que podem indicar diabetes:
- Sensação constante de cansaço e irritabilidade;
- Visão embaçada;
- Sede aumentada;
- Fome frequente;
- Boca seca;
- Doença periodontal;
- Feridas que cicatrizam lentamente;
- Formigamento nos pés e nas mãos;
- Perda de peso sem explicação;
- Coceira na região genital ou episódios repetitivos de candidíase;
- Desejo excessivo de urinar;
- Coceira na pele;
- Manchas escuras na pele;
- Infecções frequentes.
O estudo dividiu os participantes em quatro grupos conforme seus hábitos de atividade física: inativos; ativos insuficientemente (menos de 150 minutos semanais); praticantes somente no fim de semana (pelo menos 150 minutos concentrados em um ou dois dias); e regularmente ativos (pelo menos 150 minutos distribuídos em três ou mais dias da semana).
Os resultados mostraram que tanto os praticantes regulares quanto aqueles que concentravam os exercícios em alguns dias da semana apresentaram um risco significativamente menor de morte por doenças cardiovasculares se comparados aos sedentários.
No grupo que se exercitava apenas um ou dois dias por semana, o risco de morte cardiovascular diminuiu em 33%, e o risco de morte por qualquer causa reduziu em 21%. Para os que se exercitavam três ou mais vezes por semana, a redução foi de 19% para mortes cardíacas e 17% para mortes por qualquer causa.
Segundo os autores do estudo, o fundamental é alcançar pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada a intensa, independentemente da forma como esses minutos são distribuídos.
A diabetes é uma condição caracterizada pelo aumento do açúcar no sangue. Muitas vezes silenciosa, pode afetar órgãos importantes como olhos, rins, nervos e coração quando não tratada adequadamente. A prática regular de exercícios e uma alimentação balanceada são essenciais no controle da doença.
Apesar de algumas limitações no estudo, como a coleta de dados da atividade física baseada em relatos dos participantes e apenas uma única vez, os pesquisadores destacam que pessoas com diabetes que permanecem ativas mesmo que somente dois dias por semana, apresentam menor risco de mortalidade e melhor qualidade de vida.