O exame preventivo conhecido como papanicolau está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Distrito Federal e é essencial para cuidar da saúde da mulher. Esse exame é rápido e simples, e ajuda a identificar mudanças no colo do útero antes que apareçam sintomas, sendo a principal forma de evitar o câncer do colo do útero, um dos tipos mais comuns nesse público.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 16 mil mulheres são diagnosticadas com essa doença todos os anos no Brasil. A região Centro-Oeste está em terceiro lugar no número de casos. Para reforçar a importância da prevenção, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), em parceria com o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), realiza a campanha Setembro em Flor neste mês.
O câncer do colo do útero geralmente se desenvolve sem sintomas e está ligado ao papilomavírus humano (HPV) em mais de 90% dos casos. Segundo a médica oncologista ginecológica da SES-DF, Rayane Cardoso, detectar a doença cedo aumenta muito as chances de tratamento e cura.
“Esse exame serve para identificar alterações no colo do útero em fase inicial. Quanto antes for detectado, melhores as chances de tratar e curar”, destaca a médica.
Como funciona o atendimento e exames extras
O papanicolau é feito nas UBSs mediante agendamento na unidade de referência da paciente. Dados do InfoSaúde mostram que até maio de 2025 foram realizados 28.400 exames, e em todo o ano de 2024, a rede pública realizou 56.700 procedimentos.
Quando o resultado indica mudanças ou suspeita de lesão, a paciente é encaminhada para colposcopia, um exame com lentes de aumento que analisa detalhadamente o colo do útero, a vagina e a vulva. Em 2024, a SES-DF fez 2.744 colposcopias, e até junho deste ano, 1.393 mulheres passaram pelo exame.
“A colposcopia é recomendada para mulheres com suspeitas de alterações que precisam de investigação detalhada. É um exame rápido, que pode incluir coleta de biópsia para diagnóstico precoce”, explica a médica.
Sintomas para ficar atenta
O câncer do colo do útero não apresenta sintomas no início. Em fases mais avançadas, podem surgir sinais como sangramento vaginal fora do normal, secreção, dor durante a relação sexual e dor na região pélvica. Nos casos mais graves, podem ocorrer inchaço nas pernas, dificuldades para urinar ou evacuar e presença de sangue na urina, indicando avanço da doença. O tratamento depende do caso e pode incluir cirurgia e radioterapia.
Informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)