O Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Patrimônio Público e da Cidadania da Capital, moveu uma ação contra o ex-vereador Gabriel Monteiro, que também já foi policial militar e é conhecido como youtuber. Ele está sendo acusado de utilizar assessores de seu gabinete para criar vídeos destinados às suas redes sociais, gerando um lucro pessoal estimado em R$ 2,3 milhões. Essas informações foram obtidas pelo Metrópoles.
A ação detalha que Gabriel Monteiro, que teve seu mandato cassado em 2022 por quebra de decoro parlamentar, causou um prejuízo superior a R$ 2 milhões aos cofres públicos ao empregar servidores da Câmara Municipal na produção desses vídeos posteriormente divulgados em suas redes sociais.
De acordo com a ação, o ex-vereador requisitou que seus funcionários participassem integralmente das diferentes fases da produção, incluindo preparação, gravação e edição dos vídeos. A maior parte dos conteúdos audiovisuais não estava relacionada às funções oficiais do vereador, sendo exclusivamente produzida para monetização em plataformas como YouTube, Instagram, Facebook, TikTok e o canal GabrielMonteiro.TV.
O Ministério Público solicita que Gabriel Monteiro seja punido conforme as sanções previstas na legislação de improbidade administrativa, especificamente no artigo 9º da Lei nº 8.429/92.
Tal artigo prevê as penalidades para atos de improbidade administrativa, incluindo o ressarcimento dos valores indevidamente adicionados ao patrimônio do acusado, com a devida atualização monetária, além de outras sanções cabíveis.