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sexta-feira, 19/12/2025

Ex-sócio da Boate Kiss deixa prisão com tornozeleira eletrônica

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O ex-sócio da Boate Kiss, Elissandro Spohr, também conhecido como Kiko, que foi condenado a 12 anos de prisão pelo incêndio que resultou na morte de 242 pessoas em 2013, recebeu autorização para cumprir sua pena em regime aberto. Esta decisão foi tomada pela Justiça do Rio Grande do Sul e inclui condições específicas, como o monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Spohr é o primeiro condenado envolvido no caso a ser liberado da prisão. Ele estava detido na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan). Além do uso da tornozeleira, para manter o benefício é exigido que ele tenha um vínculo empregatício e compareça periodicamente ao Judiciário para prestar contas de suas atividades.

O incêndio na Boate Kiss

Em janeiro de 2013, um incêndio na Boate Kiss, localizada em Santa Maria (RS), causou 242 mortes e deixou cerca de 630 feridos. A maior parte das vítimas morreu devido à asfixia provocada pela inalação de fumaça tóxica, gerada quando um artefato pirotécnico usado por um membro da banda atingiu a espuma que revestia o teto do palco onde a banda se apresentava.

Centenas de pessoas entraram em pânico e tentaram fugir, muitas buscando saída pelo banheiro, onde acabaram sendo vítimas fatais. Os bombeiros que atenderam a ocorrência relataram essas tentativas desesperadas de escapar do fogo.

Condenações e penas

Elissandro Spohr é um dos quatro condenados pelo incêndio. Originalmente, ele foi sentenciado a 22 anos e seis meses de prisão, mas essa pena foi reduzida para 12 anos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) em agosto de 2025.

Antes de obter a progressão para o regime aberto, ele já havia conseguido o direito ao trabalho externo, também com monitoramento eletrônica, autorizado em outubro.

Outro ex-sócio da boate, Mauro Hoffmann, que também foi condenado, conseguiu o regime semiaberto em novembro deste ano. Ele segue preso na Penitenciária de Canoas, podendo sair durante o dia para trabalhar. Sua pena foi reduzida de 19 anos e seis meses para 12 anos pelo TJRS, assim como a de Spohr.

Os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, integrantes da banda Gurizada Fandangueira, cumprem pena no Presídio Estadual de São Vicente do Sul e já estão no regime semiaberto. As penas deles foram reduzidas de 18 para 11 anos, com direito ao trabalho externo durante o dia e retorno obrigatório à prisão à noite.

Marcelo já trabalha na cidade onde cumpre a pena, enquanto Luciano aguarda a autorização judicial para iniciar suas atividades profissionais fora do presídio.

Com a liberação de Elissandro Spohr para o regime aberto, espera-se que as defesas dos demais condenados solicitem em breve a progressão para a liberdade monitorada, conforme o cumprimento de seus respectivos períodos de pena.

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