26.5 C
Brasília
quinta-feira, 13/11/2025




Ex-procurador do INSS recebeu 6,5 milhões por empresas falsas, informa PF

Brasília
céu limpo
26.5 ° C
26.5 °
24.2 °
41 %
4.1kmh
0 %
sex
30 °
sáb
32 °
dom
33 °
seg
33 °
ter
26 °

Em Brasília

Segundo investigação da Polícia Federal (PF), o ex-procurador-chefe do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, recebeu cerca de 6,5 milhões de reais em propina entre os anos de 2022 e 2024.

Esses valores foram enviados através de empresas falsas controladas por Cícero Marcelino, que foi ex-procurador-geral do INSS.

A PF revelou, por meio de conversas interceptadas, a utilização de apelidos como “Herói V”, “Amigo V” ou “Procurador” usados por Cícero e Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer), apontado como líder do esquema, para tratar sobre os pagamentos ilegais.

Virgílio e sua esposa se entregaram recentemente à Superintendência da PF em Curitiba, onde foram presos.

Essa operação faz parte da nova fase da Operação Sem Deconto, que investiga um esquema bilionário envolvendo descontos não autorizados sobre benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

Virgílio foi afastado do INSS em abril deste ano e testemunhou em uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS no mês de outubro.

A investigação indica que o ex-procurador-geral validou um entendimento técnico que provocou o desbloqueio em massa de benefícios, liberando descontos associativos a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), uma das entidades envolvidas no esquema.

A PF também apontou que a esposa de Virgílio e uma empresa ligada a ela receberam valores milionários de companhias associadas a Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido pelo apelido “Careca do INSS”. Há suspeitas de repasses para outros familiares.




Veja Também