O ex-jogador de basquete de 29 anos foi preso após agredir a ex-namorada durante 36 segundos dentro do elevador de um condomínio e também tem histórico de não pagamento em ação judicial. Igor Eduardo Cabral teria dado calote na compra de ingressos para um festival musical em Salvador (BA).
Ele adquiriu dois ingressos que custavam ao todo R$ 1,2 mil, mas não pagou o valor devido. A Justiça de Macapá (AP) abriu processo de cobrança, mas Igor não respondeu às notificações, levando o caso ao tribunal. A vítima, que vendeu os ingressos, exigiu a quitação do valor, acrescido de correção e indenização por danos morais. Como ele não foi encontrado nos endereços informados, o vendedor desistiu da ação e acumulou o prejuízo.
Detalhes da prisão e investigação
Preso desde 28 de julho, Igor foi transferido para a Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim (RN), no dia 1º de agosto. A defesa pediu uma cela individual para segurança, mas o pedido foi negado por falta desse tipo de cela na unidade prisional.
Na noite da transferência, Igor relatou ter sido vítima de agressão por policiais penais, que teriam o isolado, algemado e agredido com murros, chutes, cotoveladas e spray de pimenta. A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou que a Polícia Civil e a Corregedoria do Sistema Prisional investigam o ocorrido.
Sobre o crime
O ataque ocorreu em 26 de julho, no residencial de Ponta Negra, em Natal (RN). A vítima, Juliana Garcia, de 35 anos, sofreu 61 socos que resultaram em fraturas nos ossos da face. Ela recebeu alta no dia 4 de agosto após cirurgia de reconstrução facial no Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Antes do ataque, o casal discutiu na área de lazer do condomínio devido a uma mensagem enviada a um amigo de Igor. Irritado, ele pegou o celular da vítima e jogou na piscina. Segundo Juliana, não era a primeira vez que ele agia de forma violenta, pois já havia quebrado celulares dela anteriormente.
Prisão e acusações
Um segurança do condomínio presenciou a agressão pelo sistema de monitoramento e chamou a Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN). No térreo, Igor foi contido pelos moradores e preso pelos policiais.
A vítima entregou um bilhete informando que ele a ameaçava de morte. Igor foi autuado por tentativa de feminicídio. Sua prisão em flagrante foi convertida em preventiva, sem previsão para liberdade.