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sábado, 06/09/2025

Ex-deputado TH Joias ostentava dinheiro do tráfico na cama

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Em Brasília

A Polícia Federal deteve Thiego Raimundo dos Santos Silva, o ex-deputado conhecido como “TH Joias”, suspeito de liderar um esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico internacional.

Investigações mostraram que o grupo criminoso movimentou aproximadamente R$ 140 milhões em cinco anos, tanto em reais quanto em dólares.

TH Joias costumava exibir sua riqueza obtida ilegalmente em redes sociais e fotos apreendidas, inclusive em imagens onde aparece deitado em uma cama coberta por cerca de R$ 5 milhões em dinheiro, valor pertencente ao traficante Luciano Martiniano da Silva, apelidado de “Pezão”, que está foragido há mais de uma década.

A polícia acredita que essas imagens foram feitas na residência de Gabriel Dias Oliveira, conhecido como “Índio”, ou na casa de TH Joias na Barra da Tijuca.

Operação sofisticada

Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes e o Ministério Público Federal, TH Joias, Índio e outro suspeito chamado Dudu criaram uma estrutura complexa para movimentar os recursos do tráfico.

De acordo com a Polícia Federal, houve movimentações significativas em espécie, operações no mercado paralelo de câmbio, uso de laranjas e empresas fictícias para disfarçar a origem do dinheiro.

O traficante Pezão foi um dos principais beneficiados, tendo recebido cerca de US$ 1,7 milhão entre abril e maio de 2024, convertidos em reais no Brasil.

Dinheiro em destaque

Em 16 de abril de 2024, Índio fez uma foto mostrando R$ 5 milhões encostados em uma parede de sua casa no Complexo do Alemão.

No dia seguinte, TH Joias retirou o valor e começou a convertê-lo, repassando cerca de R$ 1 milhão para Dudu em Copacabana para troca de moedas, enquanto manteve o restante para realizar a conversão em vários momentos, parte em US$ 60 mil e o restante em outras parcelas.

A prisão de TH Joias é um avanço significativo contra o financiamento do tráfico carioca. Ele enfrenta acusações de lavagem de dinheiro, associação ao tráfico e participação em organização criminosa.

Índio e Dudu continuam sendo investigados e Pezão permanece foragido.

As autoridades seguem com diligências para localizar valores ainda não encontrados e identificar possíveis envolvidos.

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