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sexta-feira, 27/06/2025




Evento homenageia 136 pessoas que venceram a luta contra as drogas no Distrito Federal

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“Hoje eu sou uma mulher que venceu. Uma mãe, uma empresária, uma referência para outras mulheres.” A frase, cheia de emoção e orgulho, é de Marilene Alves Ferreira, 40 anos, moradora do Riacho Fundo II, uma das homenageadas no evento Histórias que Acolhem, promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), por meio da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed). A cerimônia ocorreu nesta quinta-feira (26), no auditório da antiga sede do Detran, em comemoração ao Dia Internacional de Combate às Drogas.

Durante a adolescência, dos 12 aos 17 anos, Marilene enfrentou a dependência química. A mudança em sua vida veio com o apoio da família, comunidades terapêuticas e programas sociais do Governo do Distrito Federal (GDF) — como o Acolhe DF, da Sejus-DF. Com suporte psicológico, capacitação profissional e muita determinação, ela se reergueu. Atualmente, é técnica em segurança do trabalho, síndica, maquiadora profissional e designer de sobrancelhas, além de trabalhar no empoderamento de outras mulheres. “Esta homenagem reconhece a mulher negra, periférica, que venceu e ajuda outras pessoas a acreditarem na superação”, declarou.

O evento teve como objetivo valorizar histórias de superação e engajamento no combate às drogas. Foram entregues 136 menções honrosas a pessoas que superaram a dependência química, familiares que acompanharam processos de recuperação, representantes de comunidades terapêuticas e instituições acolhedoras, profissionais, voluntários e empresários que contribuíram para a reinserção no mercado de trabalho.

Na celebração do dia 26 de junho, a vida e a superação foram celebradas, mostrando que, com apoio e redes de proteção, é possível transformar sofrimento em força e recomeço em vitória.

Entre os homenageados estavam Edinaldo Leite Lima, 57 anos, e seu filho, Aparecido Oliveira da Costa, 37 anos, protagonistas de uma história emocionante. “Meu filho esteve envolvido com drogas por mais de 16 anos. Os seis meses que passou em uma casa de acolhimento foram essenciais. Este apoio foi fundamental, pois os pais chegam a um ponto em que se sentem exaustos e sem saber como ajudar”, relatou Edinaldo. Ele também comentou sobre a importância do reconhecimento: “Ver nosso esforço valorizado mostra que valeu a pena — não apenas para nossa família, mas para toda a sociedade. Muitas vezes pensamos que o governo não vê, mas hoje vimos que sim.”

A subsecretária de Enfrentamento às Drogas, Maria do Socorro Lucena, destacou que as homenagens são mais do que gestos simbólicos. “São um reconhecimento público e carinhoso para quem enfrentou noites difíceis e dias longos, mas não desistiu. São pessoas que reescrevem suas histórias com dignidade, força e fé”, afirmou. Ela compartilhou uma experiência pessoal que emocionou os presentes: “Perdi um sobrinho para as drogas. A mãe dele escondeu o problema por vergonha e, quando todos perceberam, já era tarde. Por isso, falo com conhecimento de causa. Vocês são valentes e multiplicadores de vidas.”

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, reafirmou a importância do papel do Estado na prevenção, acolhimento e reinserção social. “Esta é uma causa de vidas. Quem acolhe não perde. O trabalho da Sejus, em parceria com comunidades terapêuticas e a sociedade civil, é salvar trajetórias, devolver autoestima e esperança. Isso só acontece com políticas públicas sólidas, humanas e comprometidas com o bem-estar coletivo”, destacou.

Com informações Agência Brasília




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