Na última sexta-feira (28/11), o Museu Nacional da República sediou a 12ª Jornada do Patrimônio, que começou com uma pergunta instigante: quantos lados tem o nosso quadrado? A resposta envolveu Sobradinho, Ceilândia, Planaltina, Paranoá, Taguatinga e outras regiões que formam o rico mosaico cultural do Distrito Federal. O evento reuniu professores e estudantes para ampliar o conhecimento sobre o patrimônio cultural que nasce da mistura de diferentes saberes e tradições.
Realizada pela Secretaria de Educação (SEEDF), em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a ação destacou manifestações como o Boi do Seu Teodoro, a Via Sacra de Planaltina, Martinha do Coco e o Mestre Zé do Pife. Também foram discutidas expressões contemporâneas do território, como hip-hop, samba, reggae e rock.
Brasília de muitas origens
O tema de 2025 buscou desafiar imagens fixas de Brasília, cidade construída por trabalhadores de várias regiões do país, que mantém em suas áreas elementos das raízes culturais trazidas por esses povos. Festas, danças, narrativas orais, culinária e brincadeiras são parte das identidades que unem o tradicional e o moderno.
Érica Martins, diretora de Educação em Tempo Integral, afirmou: “A 12ª Jornada do Patrimônio renovou o compromisso da secretaria com uma escola que reconhece, valoriza e aprende com as culturas populares do Distrito Federal. Ampliando o olhar além do Plano Piloto e mostrando os muitos lados do nosso quadrado, fortalecemos o sentido de pertencimento, promovemos justiça social e garantimos o direito à cultura como parte fundamental da formação completa.”
A programação contou com três debates durante o dia. Pela manhã, os educadores Elza Caetano e Pablo Feitosa falaram sobre a cultura afro-brasileira na capital. À tarde, Chico Simões e Manu Matusquella discutiram sobre teatro de bonecos e palhaçaria. No final do dia, os artistas Tico Magalhães, do Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, e Martinha do Côco conversaram sobre a cultura popular da região do cerrado. O evento terminou com uma apresentação do grupo Tribo das Artes.
*Informações fornecidas pela Secretaria de Educação