A Comissão Europeia propôs avançar com planos para financiar a Ucrânia utilizando bens russos congelados desde o início do conflito, muitos deles sob responsabilidade da Bélgica, que expressou preocupação com a ideia nesta quarta-feira (3/12).
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, disse que há duas propostas que asseguram que “a Ucrânia tenha os recursos para se defender e negociar a paz a partir de uma posição segura”.
Plano de paz
O projeto inicial de paz, apresentado por Trump, contém 28 pontos, sendo alvo constante de críticas por supostamente beneficiar o Kremlin. O documento foi reduzido para 20 pontos com o objetivo de melhorar as condições para a Ucrânia.
Representantes de Trump foram até a Rússia para entregar pessoalmente o plano modificado com contribuições da Ucrânia, em cidades como Genebra, na Suíça, e Flórida, nos Estados Unidos.
Os líderes europeus, que desejam participar das negociações, fizeram uma contraproposta que difere dos pontos apresentados pelos EUA.
Von der Leyen apresentou um plano no valor de 90 bilhões de euros, que cobre dois terços das necessidades financeiras da Ucrânia para os próximos dois anos. O valor restante seria fornecido por “parceiros internacionais”, conforme informou o jornal The Guardian.
A ajuda poderia vir por meio de empréstimos conjuntos, crédito garantido pelos bens russos congelados, ou uma combinação dessas opções. Apesar da resistência da Bélgica, o uso dos ativos russos é visto como a solução mais viável para enfrentar o déficit financeiro da Ucrânia.
Próximos passos
Os líderes da União Europeia serão convocados ainda neste mês para decidir sobre as propostas apresentadas.
Os representantes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Steve Witkoff e Jared Kushner, irão se reunir com autoridades ucranianas em Miami na quinta-feira (4/12), após encontros com o presidente russo para entregar a proposta de paz.

