O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, declarou que utilizará todos os recursos disponíveis para combater Nicolás Maduro. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou essa posição nesta terça-feira (19/8).
Os EUA são frequentemente mencionados nas declarações provocativas de Maduro, que acusa o país de intenções imperialistas. A comunidade internacional questiona a legitimidade do governo de Maduro, suspeitando de fraude nas últimas eleições venezuelanas.
Assim como seu antecessor, Trump reconhece o opositor Edmundo González como o legítimo vencedor do pleito na Venezuela. Os EUA acusam Maduro de ser líder de um cartel de drogas e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à sua captura.
Sobre rumores de que três navios de guerra dos EUA estariam próximos à Venezuela com cerca de 4 mil militares, Leavitt não confirmou, mas reiterou a disposição dos EUA em agir contra o presidente venezuelano. Ela afirmou: “O presidente Trump tem sido claro e firme. Ele está pronto para usar todos os meios disponíveis para impedir que as drogas entrem no país e para levar os responsáveis à Justiça. O regime de Maduro não é um governo legítimo, mas sim um cartel de narcoterrorismo.”
Desde o fim de julho, a administração Trump redirecionou sua atenção para o sucessor político de Hugo Chávez, questionando novamente sua legitimidade e aumentando a recompensa por sua prisão para US$ 50 milhões, ao classificá-lo como chefe do cartel de drogas dos Los Soles.
As alegações sobre o envolvimento de Maduro com o tráfico de drogas surgem em um contexto de mudança na política norte-americana no combate ao tráfico internacional, com vários grupos relacionados às drogas sendo listados como organizações terroristas, o que pode justificar ações militares em outros países sob a justificativa da guerra ao terrorismo.
Resposta do Governo Maduro
Diante dessas ameaças e da possibilidade de intervenção militar norte-americana no combate ao tráfico, o governo de Maduro respondeu. Na segunda-feira (18/8), o líder chavista anunciou a convocação de mais de 4,5 milhões de milicianos para proteger o território venezuelano, garantir a soberania e preservar a paz do país.
