O governo dos Estados Unidos planeja anunciar um significativo aumento nas sanções contra a Rússia, diante da paralisação nas negociações de paz relacionadas ao conflito na Ucrânia. Essa informação foi confirmada pelo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, na quarta-feira (22/10).
Em breve declaração a jornalistas, Bessent informou que as medidas deverão ser oficialmente divulgadas até a manhã de quinta-feira (23/10). Se confirmadas, as novas sanções se juntarão a outras iniciativas dos EUA com o objetivo de pressionar a Rússia a buscar uma solução negociada para o fim das hostilidades no Leste Europeu.
O pronunciamento do chefe do Departamento do Tesouro dos EUA ocorreu poucas horas depois que a Rússia, sob liderança de Vladimir Putin, realizou uma nova série de testes com armamentos nucleares. Essas ações militares, rotineiras para Moscou, aconteceram em resposta à possibilidade sinalizada por Donald Trump de adiar um encontro com o presidente russo, previsto para ocorrer na Hungria.
As recentes sanções e os testes nucleares russos acontecem em meio ao bloqueio das tratativas de paz para a Ucrânia.
Em 16 de outubro, Trump e Putin mantiveram contato telefônico, descrito pelo líder americano como uma conversa de “grande avanço”. Na ocasião, foi anunciado um possível novo encontro entre os dois, com a cidade de Budapeste, capital da Hungria, como local.
No entanto, dias depois, Trump recuou e afirmou que a reunião poderia representar uma “perda de tempo”.
A indefinição quanto ao encontro, assim como sobre a guerra na Ucrânia, decorre de questões ainda não resolvidas pelos lados envolvidos no conflito. Entre esses pontos está a demanda da Rússia por um cessar-fogo imediato, que inclui a condição de a Ucrânia abrir mão dos territórios que recuperou ao longo dos três anos de combates.