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sábado, 01/11/2025




EUA tentam tomar controle das maiores reservas de petróleo do planeta, afirma Maduro

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou durante o Encontro Parlamentar do Grande Caribe em Defesa da Paz, que ocorreu em Caracas nesta sexta-feira (31/10), que os Estados Unidos buscam tomar controle das maiores reservas de petróleo do planeta e acusou Washington de realizar uma “guerra multifacetada” contra a nação sul-americana.

“Eles querem tomar de nós a maior reserva de petróleo do mundo”, afirmou Maduro no Palácio de Miraflores, na presença de autoridades regionais. Segundo o líder venezuelano, a pressão externa está relacionada à importância estratégica e aos recursos naturais da Venezuela.

Ele destacou: “Se não tivéssemos 30 milhões de hectares de terras cultiváveis, nem a maior reserva de petróleo nem a quarta maior reserva de gás, talvez nem fôssemos mencionados”.

Tensão crescente entre Venezuela e Estados Unidos

O relacionamento entre Caracas e Washington se deteriorou após o envio de navios militares, um submarino nuclear e aeronaves dos EUA para a costa venezuelana, sob a justificativa de combater o tráfico de drogas.

Desde agosto, operações autorizadas pelo governo Trump resultaram em mais de 50 mortes no Caribe e no Pacífico, segundo informes da mídia internacional.

Em retorno, o governo bolivariano acusa os Estados Unidos de conduzir uma “guerra multifacetada” para provocar uma mudança de regime e estabelecer um governo aliado.

Maduro chegou a registrar uma medida para retirar a cidadania de venezuelanos que apoiarem uma possível invasão estrangeira.

O conflito intensificou-se depois que o jornal The Wall Street Journal revelou que o presidente norte-americano, Donald Trump, autorizou a CIA a realizar “ações letais” na Venezuela para enfraquecer o governo chavista.

O líder venezuelano denunciou que os EUA tentam impor uma “agenda de ameaças militares e guerra psicológica” e descreveu o momento atual como “um capítulo de uma história de sucesso”. “O povo venezuelano continuará construindo seu modelo democrático, com plenas liberdades, resolvendo seus próprios assuntos com autonomia e soberania, sem abrir mão de sua dignidade”, declarou.

Convocação pela paz na América Latina

Maduro também convocou um encontro de movimentos sociais e forças políticas da América Latina e do Caribe ainda este ano, buscando fortalecer o apelo pela paz e respeito entre os países da região. “Nossa luta pela soberania e paz é a luta de toda a América. Nossa vitória será a vitória de toda a América”.

Ele criticou o que chamou de “narrativa difamatória” de Washington contra seu governo. “Os supremacistas estão vindo para nos salvar”, disse ironicamente, ao comparar as ações americanas na Venezuela com as frequentes intervenções no Haiti, afirmando que o país caribenho “foi dividido após mais de 100 intervenções militares estrangeiras”.

Quando questionado, Donald Trump negou considerar um ataque militar, embora tenha admitido que ainda não decidiu sobre possíveis ações contra alvos específicos.




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