Os Estados Unidos decidiram retirar a tarifa de 40% que incidia sobre 249 produtos agrícolas do Brasil, conforme informado pelo Broadcast e confirmado por fontes do governo. Essa medida beneficia uma grande variedade de itens exportados pelo agronegócio brasileiro para o mercado americano.
Do total de 789 produtos agrícolas brasileiros classificados no sistema Agrostat, 257 estão agora isentos da sobretaxa de 40%. A lista de exclusões foi obtida cruzando os códigos da Tabela Tarifária Harmonizada dos EUA com os códigos brasileiros do Mercosul.
A primeira lista de exceções, divulgada em 31 de julho, incluía apenas 8 produtos, mas as novas ordens executivas divulgadas em novembro ampliaram essa isenção para 257 itens, que agora são taxados apenas com as alíquotas normais vigentes antes do aumento tarifário.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou essa ampliação durante as negociações comerciais, beneficiando produtos essenciais para o Brasil, como café, carne bovina, frutas (abacaxi, açaí, banana) e cortes de madeira.
Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura do Brasil, destacou que essa decisão inclui itens importantes do setor agropecuário, como carne bovina, café, açaí, manga e cacau.
A medida é retroativa, valendo para mercadorias retiradas de armazéns para consumo a partir de 13 de novembro, 12h01, horário de Nova York. Anteriormente, o governo americano já havia retirado a tarifa de 10% sobre produtos agrícolas brasileiros.
Antes dessa decisão, o agronegócio brasileiro era fortemente impactado pelas tarifas americanas, com cerca de 80% dos produtos ficando de fora da lista inicial de isenções. Isso afetou fortemente as exportações de café e carnes a partir de agosto. O setor produtivo brasileiro tem pleiteado a retirada dessas tarifas para melhorar o comércio.
Agora, espera-se uma retomada nas exportações do agronegócio brasileiro para os EUA, com melhores condições para competir no mercado americano. Rua afirmou que essa medida cria oportunidades para o agro brasileiro e permite que os americanos continuem a contar com produtos de alta qualidade, sanidade e competitividade.
