As internações de covid-19 aumentaram repentinamente em julho, quando a variante delta se tornou a linhagem predominante
O número de pacientes de covid-19 nos hospitais dos Estados Unidos passou de 100.000 na quinta-feira, o patamar mais alto em oito meses, de acordo com o Departamento de Saúde, conforme uma ressurgência de casos de covid-19 impulsionada pela variante delta altamente contagiosa pressiona o sistema de saúde da nação.
As hospitalizações de covid-19 mais que dobraram no último mês. Ao longo da semana passada, mais de 500 pessoas com covid foram internadas a cada hora, em média, de acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).
Os EUA atingiram seu pico histórico de hospitalizações no dia 6 de janeiro, quando havia 132.051 pacientes de coronavírus em leitos hospitalares, segundo uma contagem da Reuters.
No início de 2021, quando a campanha de vacinação se expandiu rapidamente, as hospitalizações caíram, atingindo o nível mais baixo no ano em 28 de junho, com 13.843.
Mas as internações de covid-19 aumentaram repentinamente em julho, quando a variante delta se tornou a linhagem predominante. O sul americano é o epicentro do surto mais recente, mas as hospitalizações aumentam nacionalmente.
A Flórida tem o maior número de pacientes de coronavírus hospitalizados, seguida por Texas e Califórnia, de acordo com dados do Departamento de Saúde. Mais de 95% dos leitos de unidades de tratamento intensivo do Alabama, da Flórida e da Geórgia estão ocupados no momento.
A variante delta, que se dissemina rapidamente sobretudo entre a população não vacinada, também envia um número recorde de crianças aos hospitais: atualmente há mais 2.000 hospitalizações pediátricas de covid-19 confirmadas e suspeitas, segundo o Departamento de Saúde.
Califórnia, Flórida e Texas respondem por cerca de 32% do total de hospitalizações pediátricas de covid-19 confirmadas e suspeitas no país.
No momento, as crianças representam cerca de 2,3% das hospitalizações nacionais de covid-19 – as de menos de 12 anos não estão liberadas para receber as vacinas.
O país torce por uma autorização de vacinas para crianças mais novas até o outono com o imunizante da Pfizer.
O doutor Anthony Fauci, o maior especialista em doenças infecciosas dos EUA, disse nesta semana que a nação pode controlar a covid-19 até o início do ano que vem se a vacinação acelerar.
Os EUA deram pelo menos uma dose de vacina a cerca de 61% de sua população, de acordo com o CDC.