Os Estados Unidos realizaram um novo bombardeio contra uma embarcação no mar do Caribe, na quinta-feira (6/11). Segundo o secretário de Guerra, Pete Hegseth, o “ataque cinético letal” foi direcionado a um grupo que o governo americano considera terrorista.
Três homens, considerados por Hegseth como “narcoterroristas”, foram mortos na ação. O secretário revelou que a embarcação estava transportando drogas.
“A embarcação conduzia narcóticos no Caribe e foi atacada em águas internacionais. Nenhum militar americano ficou ferido durante o ataque, e três narcoterroristas do sexo masculino a bordo da embarcação foram mortos”, declarou Hegseth.
Ele também advertiu: “Aos narcoterroristas que ameaçam nossa pátria: se desejam permanecer vivos, parem com o tráfico de drogas. Caso continuem com o comércio de substâncias letais, seremos obrigados a eliminá-los”.
Histórico de ataques
Esse bombardeio é o décimo segundo realizado pelos EUA na região desde setembro. Dados do governo americano indicam que 10 embarcações foram destruídas no Caribe e oito no Pacífico.
Essas operações já deixaram mais de 60 mortos. Até agora, Washington ainda não apresentou evidências concretas que comprovem o envolvimento dos alvos com o narcotráfico.
O governo dos Estados Unidos assegura que a ofensiva busca enfraquecer grupos criminosos supostamente ligados ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a quem acusam de liderar um cartel internacional de drogas. Maduro, por sua vez, rejeita as alegações e afirma que as ações militares americanas fazem parte de uma “guerra multifacetada” contra a Venezuela.
Repercussão internacional
As operações têm sido duramente criticadas pela Organização das Nações Unidas (ONU). O alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os ataques, classificando-os como “execuções extrajudiciais”, e solicitou que Washington cesse imediatamente os bombardeios.
“Os Estados Unidos precisam parar com esses ataques e adotar todas as medidas necessárias para impedir execuções sumárias de indivíduos nas embarcações, independentemente de quaisquer supostas atividades criminosas”, ressaltou Türk.
