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terça-feira, 18/11/2025




EUA não usarão território de Trinidade e Tobago para atacar Venezuela, afirma premiê

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O território de Trinidade e Tobago, localizado no Caribe, não será utilizado pelos Estados Unidos para lançar ataques contra a Venezuela. Essa posição foi declarada pela premiê do país, Kamla Persad-Bissessar, na segunda-feira (18/11).

“Os EUA jamais solicitaram o uso de nosso território para realizar ataques contra o povo da Venezuela”, escreveu a primeira-ministra de Trinidade e Tobago. “O território de Trinidade e Tobago não será usado para ataques contra o povo da Venezuela”.

A declaração ocorreu depois de críticas feitas pelo líder da oposição no país, o ex-premiê Keith Rowley, que reprova a intervenção militar norte-americana na região e a cooperação do governo atual de Trinidade e Tobago com a administração de Donald Trump.

Embora se manifeste contra a presença militar dos EUA em Trinidade e Tobago, a atual premiê destacou que, durante a gestão de Rowley, o país renovou um acordo de cooperação militar com Washington no ano passado.

Na ocasião, o então premiê Rowley assinou a atualização do Acordo de Estatuto de Forças (SOFA) com os EUA, um pacto militar em vigor desde 2007 entre os dois países.

“Rowley, mesmo demonstrando apreço pelo ex-embaixador Bond, assinou no ano anterior uma versão atualizada do SOFA que obriga Trinidade e Tobago a cooperar com as forças armadas dos EUA em exercícios de treinamento na região”, explicou a atual primeira-ministra.

Essa discussão surge em meio a novos exercícios militares realizados no país, envolvendo tropas norte-americanas. As atividades tiveram início no dia 16 de novembro e devem durar até o dia 21 do mesmo mês.

Cerco contra Nicolás Maduro

As operações militares entre os dois países têm sido alvo de críticas do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que ordenou uma mobilização geral em seu país diante das ações dos EUA na região.

A ofensiva dos EUA conta com uma frota de navios de guerra, caças F-35, e até o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, que chegou ao Caribe no domingo.

Na semana anterior, Donald Trump autorizou uma operação militar na América Latina, liderada pelo Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM). O objetivo declarado pelo governo norte-americano é combater o chamado “narcoterrorismo”.

Essa definição ultrapassa uma simples retórica, funcionando como uma justificativa para vincular o terrorismo ao tráfico internacional de drogas. A partir disso, os EUA facilitam operações militares em outros países.

Recentemente, o Departamento de Estado americano anunciou que o cartel Los Soles — ao qual acusam Maduro de liderar — será classificado como uma organização terrorista estrangeira, assim como outros grupos ligados ao tráfico.

Essa decisão possibilita, em tese, ações militares dos EUA contra posições do grupo criminoso venezuelano, sob a justificativa da “guerra ao terror”.




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