O governo dos Estados Unidos anunciou uma nova série de sanções contra a Venezuela. Desta vez, as penalidades atingem três sobrinhos da esposa de Nicolás Maduro, Cilia Flores, acusados de envolvimento com o tráfico internacional de drogas. A ação foi divulgada nesta quinta-feira (11/12) pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
Os três indivíduos sancionados são Efrain Antonio Campo Flores, Franqui Francisco Flores de Freitas e Carlos Erik Malpica Flores. Além da proibição de operações comerciais com empresas americanas, seus bens serão congelados nos Estados Unidos e em entidades sob jurisdição norte-americana.
No comunicado oficial, o governo dos EUA os chamou de “narco-sobrinhos”, fazendo referência à acusação de que Nicolás Maduro seria o líder do cartel Los Soles.
“Nicolás Maduro e seus comparsas na Venezuela estão inundando os Estados Unidos com drogas que causam grande mal à população americana”, afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent. “Sob a administração do presidente Trump, o Tesouro está cobrando responsabilidades do regime, seus aliados e empresas pelo contínuo envolvimento em atividades criminosas.”
Além das sanções contra os sobrinhos de Cilia Flores, as autoridades norte-americanas também anunciaram restrições a seis navios e empresas de transporte marítimo relacionadas ao setor petrolífero venezuelano. Um empresário panamenho, Ramon Carretero Napolitano, também foi sancionado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).
Navio apreendido
Esta nova leva de sanções dos EUA contra a Venezuela ocorreu paralelamente a uma operação militar no Caribe, que resultou na apreensão de um navio petroleiro próximo à costa venezuelana.
Conforme declarou a procuradora-geral americana, Pamela Bondi, o navio transportava “petróleo sujeito a sanções” da Venezuela e do Irã.
Segundo o governo dos EUA, o petroleiro pertence a uma empresa que faz parte de uma “rede ilegal de transporte de petróleo que apoia grupos terroristas internacionais”. Embora tenham feito essas acusações, as autoridades norte-americanas não apresentaram evidências concretas.
Essa apreensão agravou as tensões na América Latina e no Caribe e intensificou a pressão sobre Nicolás Maduro.
Desde o início do ano, a administração Trump acusa o presidente venezuelano de comandar o cartel Los Soles. Recentemente, esse grupo foi incluído na lista de organizações terroristas internacionais mantida pelos EUA.
Essa designação, que também contempla outras entidades, abriu caminho para possíveis ações militares dos Estados Unidos em países da região, justificadas pelo combate ao terrorismo.