Enquanto mantém uma postura firme contra a Venezuela, os Estados Unidos ampliaram sua cooperação militar com aliados na Ásia, aprovando recentemente a venda de equipamentos bélicos para Taiwan e navios militares para o Japão.
Em agosto, os Estados Unidos deram início a uma mobilização militar na América Latina e no Caribe, com o objetivo declarado de combater o tráfico de drogas que transita pela região em direção ao território norte-americano. Desde o início dessa operação, cerca de 26 embarcações foram atacadas por suspeitas de envolvimento no tráfico internacional de drogas, embora não tenham sido apresentadas provas concretas até o momento.
Além disso, há um cerco naval que visa interceptar navios petroleiros sancionados pelos EUA que entram e saem da Venezuela.
Ações militares recentes
As operações militares iniciadas em 2 de setembro na região do Caribe refletem um esforço dos Estados Unidos para interromper o tráfico de drogas. Paralelamente, foi aprovado um pacote de vendas militares para Taiwan e Japão na última semana. Este último inclui navios militares destinados a reforçar a capacidade defensiva japonesa, em meio a tensões crescentes com a China.
O primeiro-ministro do Japão, Sanae Takaichi, tem sido foco de atenção após declarar que Tóquio está preparada para uma resposta militar caso a China avance sobre Taiwan. Essa declaração gerou um acalorado debate diplomático entre os dois países.
Na última quarta-feira (17/12), o governo dos Estados Unidos aprovou um pacote de vendas de armas para Taiwan avaliado em mais de US$ 11,1 bilhões, reforçando as capacidades de defesa da ilha. Essas vendas ocorrem em um contexto de tensões crescentes entre China e Japão, com discussões diplomáticas em andamento.
Em meio a esses desenvolvimentos, a Casa Branca divulgou um documento destacando que o principal foco militar do presidente Donald Trump é revitalizar a Doutrina Monroe na América Latina, especialmente no confronto com países como Venezuela e Colômbia. O documento também enfatiza a importância de evitar conflitos militares, especialmente em Taiwan, uma ilha com independência administrativa apesar da reivindicação chinesa.
Reforço às capacidades do Japão
O pacote de vendas militares ao Japão inclui equipamentos para destróieres da classe Aegis e outros sistemas relacionados, com o objetivo de fortalecer a segurança de um importante aliado regional que contribui para a estabilidade política e o desenvolvimento econômico na região do Indo-Pacífico.
Reação da China
O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que se opõe veementemente aos planos dos Estados Unidos de vender armamentos avançados à região de Taiwan. Segundo um porta-voz, Lin Jian, essa iniciativa viola o princípio de Uma Só China e os acordos bilaterais entre China e EUA, comprometendo a soberania, a segurança e a integridade territorial chinesas, além de ameaçar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan.
O governo chinês expressou forte desaprovação e condenação a essas ações, considerando que elas enviam uma mensagem equivocada aos grupos separatistas que defendem a independência de Taiwan.

