Os Estados Unidos e o Afeganistão formalizaram um acordo para a troca de detentos, após um representante especial de Donald Trump se encontrar com líderes do Talibã no último fim de semana, em conversa realizada no sábado (13/9).
De acordo com o Talibã, o enviado especial dos EUA para Assuntos de Reféns, Adam Buehler (à esquerda na foto), comunicou o acordo durante um encontro com o vice-primeiro-ministro do Talibã para Assuntos Econômicos, Abdul Ghani Baradar (à direita na foto).
“Sobre a questão dos prisioneiros entre o Afeganistão e os EUA, Adam Buehler disse que os dois países procederão à troca de seus detentos”, declarou o porta-voz do governo afegão, Hamdullah Fitrat.
Durante sua visita, Buehler também se reuniu com outras figuras do Talibã, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Mawlawi Amir Khan Muttaqi.
“Referindo-se a diálogos anteriores realizados em Doha entre as partes, o ministro das Relações Exteriores destacou que esta é uma boa oportunidade para normalizar as relações e resolver questões complicadas na cooperação bilateral”, afirmou a chancelaria afegã em comunicado sobre a reunião entre Buehler e Muttaqi.
Até o momento, mais informações sobre o acordo de troca de presos não foram divulgadas. O governo americano também ainda não fez declarações oficiais quanto a este pacto com o Talibã.
No comando do Afeganistão desde 2021, após a retirada das tropas dos EUA, o Talibã vem solidificando seu controle como governo de fato, apesar de críticas internacionais relacionadas principalmente à situação dos direitos humanos.
Em julho deste ano, a Rússia reconheceu oficialmente o Talibã como governo afegão, tornando-se o primeiro país a seguir esta postura. Informalmente, sem relações diplomáticas oficiais, o grupo islâmico sunita mantém diálogos com países vizinhos e com a China.