Apesar dos recentes desacordos, o governo dos Estados Unidos promove um fórum econômico no Brasil. O evento Americas Competitiveness Exchange teve início na segunda-feira (25/8) e segue até esta sexta-feira (29/8), em Belém, no Pará.
Este encontro é apresentado como uma “rede para o desenvolvimento econômico, inovação e empreendedorismo das Américas” e é conduzido pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pelos Departamentos de Comércio e Estado dos EUA. O governo brasileiro também participa como parceiro do fórum.
Segundo um comunicado oficial da diplomacia norte-americana, espera-se que representantes de 15 países — tanto do setor público quanto do privado — estejam presentes.
Nas redes sociais, a embaixada dos EUA no Brasil divulgou um comunicado da missão estadunidense na OEA sobre o fórum, destacando que a 21ª edição da Americas Competitiveness Exchange visa fortalecer colaborações regionais e abrir “novos mercados para empresas dos EUA, gerando empregos e aumentando a segurança dos norte-americanos”.
O tom positivo e colaborativo do comunicado contrasta, no entanto, com recentes desentendimentos entre Estados Unidos e Brasil. Desde o início de julho, as relações entre as duas nações enfrentam tensões após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Essa medida não tem apenas motivações comerciais. Trump já declarou que, além de interesses econômicos, a tarifa é uma reação e tentativa de interferência no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de liderar um esquema criminoso que tentou um golpe em 2022.
Além das tarifas, o governo Trump também impôs várias sanções contra autoridades brasileiras relacionadas ao processo judicial de Bolsonaro. Essa ação norte-americana surgiu após esforços do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que renunciou ao cargo na Câmara para buscar apoio nos EUA em defesa do pai.