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sábado, 02/08/2025

Eua fazem ataques a governos de esquerda na América Latina

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Após o governo dos Estados Unidos criticar a condenação do ex-presidente Álvaro Uribe, o atual presidente da Colômbia, Gustavo Petro, denunciou um suposto ataque contra o sistema judicial do país.

Agressões dos EUA

No início de junho, Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% contra o Brasil, dizendo que a medida estava ligada à atuação da Justiça brasileira.

Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro foi novamente acusado pelos EUA de liderar um cartel de drogas. O governo norte-americano declarou que o regime chavista não durará para sempre.

Após o avanço do julgamento de Álvaro Uribe, o governo dos EUA defendeu o ex-presidente da Colômbia, alegando sua inocência. Ele é processado por corrupção passiva e fraude eleitoral.

Esse episódio se soma a outras decisões da administração Donald Trump, que tem focado sua atenção nos países latino-americanos liderados por governos de esquerda.

Julgamento do ex-presidente colombiano

O avanço do processo contra o ex-presidente Álvaro Uribe, que liderou a Colômbia entre 2002 e 2010, não foi bem visto pelo governo dos EUA. Recentemente, o político conservador foi considerado culpado por suborno, em uma investigação envolvendo fraude eleitoral e corrupção.

A Justiça da Colômbia indicou que Uribe teria subornado paramilitares para alterar depoimentos em casos relacionados a grupos armados contra guerrilhas de esquerda.

Imediatamente, o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, defendeu Uribe, afirmando que seu único crime foi lutar pela pátria. Ele ainda sugeriu uma possível manipulação do sistema judiciário colombiano, sem apresentar provas.

Gustavo Petro, atual presidente da Colômbia, qualificou essa posição como uma tentativa de interferência na soberania nacional.

Conflito entre EUA e Colômbia

Em janeiro, o governo dos EUA e o da Colômbia tiveram desentendimentos relacionados à política de imigração de Trump. Na ocasião, o presidente americano impôs uma tarifa de 25% sobre produtos colombianos, após a recusa da Colômbia em aceitar deportações de seus cidadãos em condições questionáveis.

Petro respondeu impondo a mesma taxa sobre produtos americanos, mas posteriormente negociou para reduzir a tarifa contra os produtos colombianos para 10%, a menor taxa aplicada durante a política de Trump.

Questão brasileira

Desde junho, o Brasil enfrenta a possibilidade de ter suas exportações para os EUA taxadas em 50%, a menos que um acordo seja firmado em breve.

Especialistas apontam que a tarifa tem motivações políticas internas brasileiras, com os EUA buscando influenciar assuntos locais. Isso é atribuído em parte à pressão do deputado federal Eduardo Bolsonaro e de grandes empresas de tecnologia americanas preocupadas com decisões do Judiciário brasileiro.

Trump revelou a relação entre a tarifa e decisões judiciais brasileiras em uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma organização criminosa e pediu a suspensão de seu julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.

Até o momento, o Brasil mantém uma postura diplomática e comercial visando diálogo com os EUA antes da implementação da tarifa, prevista para o dia 1º de agosto.

Pressões sobre a Venezuela

A relação dos EUA com a Venezuela tem alternado entre ataques e acenos diplomáticos. Recentemente, Marco Rubio reiterou que Nicolás Maduro não é o presidente legítimo do país, qualificando seu governo como criminoso.

Essas declarações coincidem com novos acordos entre Washington e Caracas, como a troca de prisioneiros e a permissão para a Chevron retomar atividades de exploração petrolífera no país.

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