Especialistas cibernéticos dos EUA passaram três meses na Albânia trabalhando para identificar fraquezas de rede e ferramentas de hacking após ataques cibernéticos iranianos aos sistemas governamentais, disse na quinta-feira (23) o Comando Cibernético (CYBERCOM, na sigla em inglês) dos EUA.
De acordo com o Pentágono, o Irã atacou as redes albanesas em julho e setembro de 2022, desligando os principais serviços governamentais on-line, incluindo o Sistema de Gestão de Informação Total, que rastreia os detalhes daqueles que entram e saem do país.
A Casa Branca condenou a suposta ação, e sancionou o Irã. A estratégia de cibersegurança dos EUA identifica o país como um poder cibernético em expansão e um porto seguro para operadores de resgates.
William Hartman, major-general do Exército dos EUA, e comandante da força de missão, declarou que a operação da Força de Missão Cibernética Nacional (CNMF, na sigla em inglês) aproximou o CYBERCOM “da atividade adversária”.
Nathaniel Fick, embaixador dos EUA para o ciberespaço e a política digital, disse, também na quinta-feira (23), que o país norte-americano continua empenhado “em trabalhar com a Albânia para garantir seu futuro digital e assegurar que a conectividade seja uma força de inovação, produtividade e empoderamento”, e pediu a outros países que responsabilizem o Irã por “seus ataques cibernéticos destrutivos”.
A CNMF já esteve mais de três dezenas de vezes em pelo menos 22 países, incluindo na Ucrânia, para reforçar redes distantes e regressar com informações que possam ser aplicadas nos EUA.
“Quando somos convidados a caçar em redes de nações parceiras, somos capazes de encontrar a atividade insidiosa de um adversário no ciberespaço e [a] compartilhar com nosso parceiro para agir. Podemos então impor custos aos nossos adversários, expondo suas ferramentas, táticas e procedimentos, e melhorar a postura de segurança cibernética de nossos parceiros e aliados”, concluiu Hartman.