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terça-feira, 25/11/2025




EUA e Rússia discutem paz na Ucrânia em Abu Dhabi

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Representantes dos governos da Rússia e dos Estados Unidos estão reunidos em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, para tratar de uma proposta de paz na Ucrânia. Segundo informações das emissoras CBS e CNN, o secretário do Exército dos EUA, Dan Driscoll, é o líder da delegação norte-americana.

O encontro começou na noite de segunda-feira (24/11) e continuará nesta terça-feira (25), com o foco principal nas negociações para o fim do conflito na Ucrânia. As emissoras ainda não confirmaram os nomes dos integrantes da delegação russa.

Este diálogo ocorre dois dias após Driscoll e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, terem se reunido com diplomatas ucranianos para conversações em Genebra, na Suíça.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, poderá visitar Washington ainda esta semana para tratar de pontos importantes do acordo de paz sugerido pelos EUA.

Sobre a proposta

A proposta coloca Volodymyr Zelensky diante de um desafio histórico: aprovar concessões territoriais significativas para a Rússia e aceitar condições militares rigorosas impostas por Washington, ou arriscar perder o apoio vital dos Estados Unidos, enquanto Moscou, sob o comando de Vladimir Putin, mantém uma posição vantajosa no conflito.

O plano, desenvolvido pelo enviado especial americano Steve Witkoff em negociações diretamente com o representante da Rússia, Kirill Dmitriev, sem participação europeia e inicialmente sem Kiev, engloba 28 pontos-chave.

O aspecto mais controverso do documento, que preocupa Kiev, é a demanda para que a Ucrânia e seus aliados reconheçam como territórios russos não apenas a Crimeia e o Donbass, mas toda a extensão de áreas atualmente ocupadas por Moscou.

Assim, Crimeia, Lugansk e Donetsk deixariam de ser temas de disputa diplomática e seriam consideradas efetivamente russas, com o aval até dos Estados Unidos.

Já as regiões de Kherson e Zaporíjia permaneceriam congeladas nas linhas de combate atuais, reconhecidas como estão, sem serem plenamente ucranianas nem formalmente russas.

Em troca, Moscou renunciaria a novas ambições territoriais, limitando-se às cinco regiões já anexadas, embora mantivesse controle militar sobre algumas áreas estratégicas.

O acordo prevê um sistema inédito de “arrendamento territorial”, onde a Rússia pagaria à Ucrânia pela administração das áreas ocupadas, mesmo mantendo o controle militar.

Além disso, o plano exige uma reestruturação significativa das forças armadas ucranianas, reduzindo o efetivo para 600 mil soldados, eliminando armas de longo alcance e proibindo a presença de tropas estrangeiras no país.

A Constituição ucraniana seria alterada para garantir que o país jamais ingressará na Otan.

Reformas internas para a Ucrânia

A proposta também inclui mudanças internas, tornando o idioma russo oficial, implementando normas europeias rígidas para proteção das minorias e liberdade religiosa, e promovendo programas educacionais conjuntos para combater o racismo, preconceito e ideologias nazistas.

Além disso, eleições nacionais deveriam ser convocadas em até 100 dias, e todos os envolvidos no conflito, de ambos os lados, receberiam perdão total.




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