A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (12/9) uma resolução que busca uma solução pacífica para o conflito na Faixa de Gaza. O documento sugere um governo sem a influência do Hamas e reconhece a Palestina como um Estado baseado nas fronteiras definidas em 1967. Porém, essa proposta foi rejeitada por Israel e Estados Unidos.
Conhecida como “Declaração de Nova York”, a iniciativa foi apresentada por França e Arábia Saudita em julho deste ano. Na votação recente, 142 países apoiaram a resolução pela paz no conflito entre palestinos e judeus. Doze países decidiram se abster e dez votaram contra a medida — incluindo Estados Unidos, Israel, Argentina, Paraguai e Hungria.
A declaração, defendida por nações árabes, condenou os ataques terroristas do Hamas em território israelense ocorridos em outubro de 2023 e pediu a libertação de todos os reféns que permanecem na Faixa de Gaza.
O texto também criticou os bombardeios de Israel contra civis palestinos, o bloqueio militar no território palestino e o cerco que tem causado fome e uma crise humanitária na região de Gaza.
Como parte dos esforços para a paz, o plano sugere reconhecer a Palestina como Estado e encerrar o controle do Hamas na região, que seria assumida pela Autoridade Palestina (AP).
A Declaração de Nova York propõe ainda a unificação da Faixa de Gaza com a Cisjordânia ocupada, seguindo as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias em 1967, quando Israel capturou áreas que antes faziam parte da Palestina.
Apesar dessas iniciativas da ONU, o governo de Benjamin Netanyahu já afirmou que não deseja uma solução de dois Estados para o conflito. Recentemente, o premiê israelense declarou que nunca reconhecerá a Palestina, ao mesmo tempo que autorizou a construção de novos assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada.
