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quarta-feira, 17/09/2025

EUA devem subir tarifas por causa de condenação de Bolsonaro, afirma especialista

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Os Estados Unidos planejam aumentar as tarifas contra o Brasil após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo o professor americano Michael Shellenberger, que é um dos responsáveis por um estudo sobre as ações da rede social X (antigo Twitter) no Brasil.

A sentença de 27 anos de prisão para Bolsonaro, dada na semana passada por tentativa de golpe de Estado, é considerada histórica e causou surpresa no presidente americano Donald Trump.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chamou a condenação de injusta e avisou que Washington vai agir em resposta.

“As tarifas podem aumentar (…) Quero ver uma medida firme em defesa dos direitos humanos”, disse Shellenberger na terça-feira (16), próximo ao governo de Trump. Ele está sendo investigado no Brasil por um caso relacionado às publicações do Twitter.

As relações entre Brasil e Estados Unidos estão tensas, e o presidente Lula mostrou disposição para conversar, mesmo com as tarifas de 50% que os EUA já aplicam em alguns produtos brasileiros.

“Essas tarifas de 50% não valem para aviões, já que a Embraer é uma grande fabricante, e também não afetam o suco de laranja”, explicou Shellenberger.

O professor, que atualmente leciona na Universidade de Austin sobre censura e mídia, prestou depoimento na Câmara dos Representantes dos EUA a pedido da maioria republicana, sobre a situação política no Brasil.

Há um ano, Shellenberger esteve no Brasil para participar de manifestações contra o governo, após a divulgação de documentos conhecidos como “Twitter Files Brasil”, que mostrariam supostas ligações entre autoridades judiciais e o governo para investigar opositores de Bolsonaro.

Esse caso levou Marco Rubio a ameaçar suspender vistos de autoridades estrangeiras que possam ameaçar americanos que postam nas redes sociais.

O Supremo Tribunal Federal brasileiro, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, enfrentou a rede X e seu dono, Elon Musk, até que fossem obrigados a seguir a lei brasileira. Como resultado, a rede X fechou contas de ativistas aliados a Bolsonaro, depois de ameaças de multas altas.

© Agence France-Presse

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