O Comando do Sul dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira (17/12), um novo ataque contra uma embarcação ligada a um grupo considerado terrorista por Washington, em águas internacionais do oceano Pacífico. Quatro homens, descritos como “narcoterroristas”, perderam a vida na operação.
De acordo com o comunicado oficial, a ação foi realizada pela Força-Tarefa Conjunta Southern Spear, sob orientação do secretário de Defesa, Pete Hegseth. Informações de inteligência indicaram que o navio transitava por uma rota conhecida do narcotráfico e estava diretamente envolvido no tráfico internacional de drogas.
Segundo dados norte-americanos, essa operação já resultou em pelo menos 26 bombardeios a embarcações na região.
As operações fazem parte da chamada missão Lança do Sul, que, conforme o governo dos Estados Unidos, visa combater o narcotráfico internacional.
Embora essa seja a justificativa oficial, a ofensiva ocorre em meio a tensões políticas elevadas com a Venezuela. O presidente Nicolás Maduro tem sido alvo frequente das ameaças do ex-presidente Donald Trump e é apontado por autoridades americanas como líder do cartel conhecido como Los Soles.
Na prática, essa classificação jurídica, que abrange outros grupos, tem permitido a realização de operações militares dos EUA fora de suas fronteiras, sob o pretexto do combate ao terrorismo.
Escalada no conflito
Nos últimos dias, a retórica da Casa Branca se intensificou. Ao anunciar planos de impor um bloqueio naval à Venezuela, Trump acusou o governo de Maduro de roubar petróleo, terras e outros recursos dos Estados Unidos. Embora não tenha especificado quais recursos foram tomados, ele reafirmou que o petróleo é o principal motivo para a intensificação do confronto com Caracas.
“Eles recentemente tomaram todo o nosso petróleo e queremos recuperá-lo”, declarou Trump, reforçando seu discurso hostil.

