Aumentando a tensão na região, os Estados Unidos realizaram um novo ataque a uma embarcação suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas em águas internacionais próximas à América do Sul. Desta vez, a ação ocorreu no Oceano Pacífico. A operação foi realizada na terça-feira (22/10) e divulgada pela emissora norte-americana CBS News.
Segundo duas autoridades dos EUA, entre duas e três pessoas que estavam a bordo do barco morreram no ataque.
Até agora, o governo do presidente Donald Trump ainda não comentou o ocorrido.
Se confirmada, esta será a primeira operação norte-americana na região do Pacífico da América do Sul desde setembro, quando barcos na área do Caribe foram atacados pelas forças americanas.
Desde então, Washington já anunciou sete ataques a embarcações no Caribe, que supostamente transportavam drogas, resultando na morte de 34 pessoas. Nenhuma das operações apresentou detalhes ou provas concretas da ligação dos barcos com o tráfico de drogas internacional.
Na semana passada, dois homens sobreviveram aos bombardeios dos EUA e foram devolvidos aos seus países de origem, Equador e Colômbia. O equatoriano Andrés Fernando Tufiño foi liberado após as autoridades locais não encontrarem evidências de sua participação em crimes.
O colombiano Jeison Obando Pérez continua internado em um hospital local e deverá enfrentar processos legais após receber alta, conforme informado pelas autoridades do país.
Pressão contra Maduro
As ações militares dos EUA na área do Caribe, realizadas sob o pretexto de combater o tráfico internacional de drogas, coincidem com acusações contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Em julho, Maduro foi acusado de liderar o cartel Los Soles, um grupo que Washington reclassificou como organização terrorista.
Com essa reclassificação, que também afetou outros grupos, o governo de Donald Trump abriu caminho para executar operações militares americanas em vários países da região.
Atualmente, navios de guerra dos EUA pertencentes à frota estão posicionados no Caribe, incluindo um submarino nuclear, enquanto caças F-35 foram enviados para uma base militar em Porto Rico.