O Departamento de Guerra dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira (22/10) o segundo ataque a uma embarcação no Oceano Pacífico em menos de 48 horas, resultando na morte de três pessoas que estavam no barco. O ataque anterior ocorreu na terça-feira (21/10), quando outra embarcação foi atingida por bombas americanas, causando duas mortes.
Um vídeo e informações sobre o ataque do dia 22 foram publicados na rede social X pelo secretário de Guerra Pete Hegseth e repostados pelo Departamento de Guerra. O vídeo, de 26 segundos, mostra uma embarcação pequena no mar, seguida por uma explosão e os destroços em chamas, após o que são vistos objetos boiando na água e um novo disparo antes do corte da imagem.
De acordo com o secretário, a embarcação atacada era comandada por três narcotraficantes ligados a uma organização terrorista, conforme a classificação dos EUA, e operava no contrabando ilícito de drogas em uma rota conhecida. O ataque foi autorizado pelo presidente Donald Trump e realizado com apoio de inteligência, resultando nas mortes dos três narcoterroristas; nenhuma força americana foi ferida.
Pete Hegseth declarou que ataques dessa natureza continuarão diariamente: “Esses ataques seguirão dia após dia. Eles não são apenas traficantes de drogas – são narcoterroristas causando morte e destruição em nossas cidades. Essas organizações são como a ‘Al-Qaeda’ do nosso hemisfério e não escaparão da justiça. Nós os encontraremos e eliminaremos até que a ameaça ao povo americano seja eliminada.”
Na terça-feira, a CBS News reportou que uma embarcação ligada ao tráfico de drogas foi atacada em águas internacionais próximas à Colômbia, no Oceano Pacífico, com confirmação americana, tendo duas pessoas sido mortas.
Com os ataques recentes, o número de narcotraficantes mortos em ações dos EUA chegou a 30. Desde setembro, embarcações na região do Caribe, no Oceano Atlântico, têm sido alvos das forças americanas, aumentando as tensões com a Venezuela.
Em resposta ao aumento da tensão, o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou na quarta-feira que o país possui cerca de 5 mil mísseis russos para sua defesa contra possíveis ataques dos Estados Unidos.