Chefe da diplomacia dos EUA foi à Turquia para mostrar o apoio dos EUA
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, chegou à Turquia neste domingo, 19, para mostrar o apoio dos EUA a seu aliado atingido por um terremoto que matou quase 45.000 pessoas no país e na vizinha Síria.
Blinken, que chegou de Munique, na Alemanha, onde participou de uma conferência de segurança, pousou na base aérea de Incirlik, no sudeste do país.É de lá que parte da ajuda humanitária, inclusive americana, que está sendo distribuída às áreas afetadas pelo terremoto de 7,8 graus de magnitude em 6 de fevereiro, que deixou 40.689 mortos só na Turquia.
Logo após o pouso, o secretário de Estado sobrevoou de helicóptero a devastada província de Hatay (sudeste).
“Vendo a extensão dos danos, o número de apartamentos e casas destruídos, será necessário um grande esforço de reconstrução e estamos comprometidos em apoiar esse esforço”, disse ele.
“Adicionamos US$ 100 milhões (cerca de R$ 516 milhões) para ajudar aqueles que precisam desesperadamente”, acrescentou.
Os Estados Unidos enviaram várias equipes de resgate para a Turquia no dia seguinte ao terremoto e entregaram uma primeira parcela de US$ 85 milhões (cerca de R$ 439 milhões) em ajuda humanitária.
Também entregou helicópteros Black Hawk e Chinook para roteamento de materiais.
Blinken planeja se reunir com oficiais militares e humanitários que coordenam a entrega de ajudas. À tarde, seguirá para Ancara, onde na segunda-feira será recebido pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
A Turquia anunciou no domingo o fim das buscas por sobreviventes, exceto nas duas províncias mais afetadas, Kahramanmaras e Hatay.
Sua visita foi planejada antes do terremoto, mas o terremoto alterou a programação.
Os dois países, aliados da Otan, têm uma relação às vezes turbulenta.
As disputas incluem a possível venda de caças F-16 prometidos pelo presidente Joe Biden à Turquia, mas bloqueados pela oposição do Congresso; e o bloqueio da Turquia à Finlândia e à entrada da Suécia na Otan.
Blinken iniciou a sua viagem europeia em Munique (Alemanha), onde participou numa Conferência Internacional sobre Segurança, e vai concluí-la em Atenas, onde na tarde de segunda-feira e terça-feira terá encontros com as autoridades da Grécia, rival histórica da Turquia, mas também um parceiro da Otan.