Levantamento divulgado nesta quinta-feira (9) pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal aponta estoque zerado de 70 medicamentos e 148 tipos de material médico-hospitalar na rede pública. Segundo a pasta, nem o decreto de emergência na saúde publicado pelo GDF em janeiro foi suficiente para abreviar os processos de licitação e de compra dos produtos. Não há previsão de data para que a situação seja normalizada.
A secretaria não divulgou a lista completa, mas afirmou que entre os medicamentos sem nenhum produto noestoque estão o gluconato de cálcio (suplemento), a dobutamina (estimulante cardíaco) e a cefazolina (antibiótico).
A pasta diz trabalhar desde o início do ano para regularizar os estoques, mas afirma que o processo de comprar pode levar até 180 dias e que não há formas de “deixar de seguir a lei”.
No material divulgado à imprensa, a pasta diz que o déficit de medicamentos e insumos “é considerado relativamente baixo diante da lista de padronizados em Brasília, que conta com 850 medicamentos e cerca de mil tipos de material médico-hospitalar.” O GDF afirma ter investido R$ 41,9 milhões na área desde o início do ano.
Compra difícil
Segundo a diretora de Assistência Farmacêutica da secretaria, Gláucia Carvalho, todos os medicamentos são comprados por pregão eletrônico, modalidade de licitação que busca ampliar o número de empresas participantes. Mesmo adotando o procedimento virtual, o governo diz enfrentar dificuldades com os fornecedores, que não aceitam o preço determinado e frustram a aquisição.
No início da tarde desta quinta, a secretaria afirmou que outros problemas afetaram a reposição de esparadrado cirúrgico na rede pública. Um lote de 100 mil unidades do material foi comprado e empenhado em 2 de abril, mas os fornecedores não entregaram o insumo no prazo determinado, até a última terça (7).
Em nota, a pasta afirmou que o estoque foi zerado apenas na Farmácia Central e que o carregamento foi entregue nesta quinta (9).
Fonte: G1
