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quinta-feira, 11/09/2025

Estatais reforçam que patrocínio esportivo é importante e legal

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Representantes de empresas estatais participaram de uma audiência na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados para explicar como são destinadas as verbas de patrocínio no setor esportivo. O encontro, solicitado pelo deputado Max Lemos (PDT-RJ), teve como objetivo esclarecer à população o processo de liberação dos recursos e responder a possíveis acusações de uso indevido.

Max Lemos destacou que era fundamental esclarecer os procedimentos para manter o patrocínio como um exemplo positivo, pois muitas denúncias não têm comprovação.

Alexandro Gidaro, gerente nacional de Patrocínio da Caixa, explicou que o investimento em esportes faz parte do planejamento estratégico do banco. Entre 2001 e 2024, a Caixa destinou R$ 771 milhões para o esporte olímpico e paralímpico, repassando mais de R$ 5 milhões diariamente pelas Loterias Caixa. O Comitê Paralímpico Brasileiro atende quase 10 mil pessoas, a Confederação Brasileira de Atletismo mais de 5 mil, e a Confederação Brasileira de Ginástica cerca de 2 mil. Para o ciclo olímpico de 2028, estão previstos R$ 490 milhões em investimentos.

Gustavo Tocantins, gerente de soluções da Diretoria de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil, afirmou que o patrocínio ao esporte integra a estratégia de marketing da instituição para ampliar sua conexão com o público jovem, especialmente pelo skate. Ele reforçou que o Banco do Brasil patrocina diferentes modalidades e atletas individualmente há mais de três décadas, e que os recursos vieram diretamente do banco, sem uso da lei de incentivo ao esporte.

Marcela Silva e Souza Levigard, gerente de projetos sociais da Petrobras, declarou que a empresa apoia sete projetos por meio da lei de incentivo ao esporte, totalizando 4% (R$ 54 milhões) do orçamento social de R$ 1,5 bilhão para 2025-2029. Ela ressaltou que esses valores referem-se a ações de responsabilidade social e não incluem projetos de comunicação social. Atualmente, os projetos beneficiam diretamente mais de 16 mil crianças e adolescentes em contraturno escolar. Ao contrário da Caixa, que investe em alta performance esportiva, a Petrobras foca em projetos que atendem crianças entre 6 e 7 anos como complemento à educação formal. A empresa não planeja ampliar seus patrocínios esportivos nos próximos dois anos.

Em contraste, Renan Caique Weber, chefe do departamento de Comunicação Corporativa dos Correios, explicou que, devido à reestruturação financeira da estatal, os investimentos em esportes e cultura praticamente cessaram entre 2019 e 2024. Entre 2015 e 2019, os Correios haviam investido mais de R$ 33 milhões no setor. No momento, não há previsão para retomar os patrocínios, mas a retomada acontecerá assim que a reorganização interna estiver concluída.

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