Os países da América Latina e do Caribe foram instados a decidir de que lado vão estar em meio a um conflito envolvendo o Irã, conforme declaração feita nesta segunda-feira (23) por uma representante do Departamento de Estado dos Estados Unidos, pouco antes da 55ª assembleia-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que começa na terça-feira em Antígua e Barbuda.
A reunião acontece poucos dias após os Estados Unidos terem atacado várias instalações nucleares do Irã, apoiando uma ação militar de Israel.
Países como Venezuela, Cuba e Nicarágua, considerados pelo chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, como “inimigos da humanidade”, expressaram solidariedade ao Irã. Outros, incluindo o Brasil e integrantes da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) — que conta com membros como Bolívia e Antígua e Barbuda — também condenaram as ofensivas.
O Uruguai manifestou preocupação em relação à agressão, enquanto a presidente do México, Claudia Sheinbaum, citou o falecido Papa Francisco ao afirmar que “a guerra é o maior fracasso da humanidade”.
Por outro lado, a Argentina demonstrou apoio aos Estados Unidos.
“Esta é uma oportunidade importante para que os países da região reflitam sobre a sua posição: se apoiarão um regime apontado como patrocinador estatal do terrorismo, ou qual postura adotarão”, afirmou a representante do Departamento de Estado durante uma coletiva de imprensa virtual.
Ela ressaltou que “cada nação precisa fazer uma escolha”, em meio à ofensiva militar israelense contra a República Islâmica, que visa impedir que o país desenvolva armamentos nucleares. O governo de Teerã afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos e civis.
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