Após a aprovação de projetos controversos, como o PL da dosimetria, e episódios de agressão contra jornalistas, parlamentares e funcionários na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (9/12), militantes de esquerda organizam um protesto em São Paulo para o próximo domingo (14/12). A mobilização tem ganhado destaque nas redes sociais.
O protesto é direcionado contra os presidentes das duas Casas Legislativas: Hugo Motta (Republicanos-PB), da Câmara, e Davi Alcolumbre (União-AP), do Senado. Segundo Guilherme Cortes (PSol-SP), deputado estadual e um dos principais organizadores do evento, “Está na hora de enfrentar o Congresso que age contra o povo! Sem anistia para golpistas! Sem marco temporal! Pelo fim da escala 6×1!”.
As redes sociais têm servido como palco para o chamado às ruas contra o Congresso, sendo acompanhadas por celebridades, parlamentares, movimentos populares, sindicatos e influenciadores, que incentivam a população a se manifestar contra Motta e Alcolumbre.
Em setembro, ocorreu uma mobilização parecida contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021, conhecida como PEC da Blindagem, e também contra o PL da Anistia. Tal convocação também contou com apoio de partidos políticos, movimentos sociais, artistas e influenciadores.
Na última terça-feira, a Câmara foi palco de confrontos quando o deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ) ocupou a Mesa Diretora para protestar contra a votação de seu processo de cassação, marcada para esta quarta (10/12). Hugo Motta determinou a retirada forçada do parlamentar pelo Departamento de Polícia Legislativa (Depol), bem como a retirada de jornalistas e funcionários do plenário e a interrupção das transmissões oficiais da Casa.
Depois dos confrontos, a Câmara aprovou o PL da dosimetria, que diminui as penalidades para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A aprovação ocorreu mesmo com protestos de apoiadores do governo.

