A defesa da esposa do ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), Rebeca Ramagem, requisitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação imediata de suas contas bancárias. Ela revelou recentemente que suas contas foram bloqueadas por determinação judicial.
O documento aponta que a procuradora de Roraima (RR) foi surpreendida pelo bloqueio, o que impossibilitou o recebimento regular de seus rendimentos, afetando diretamente a sua subsistência e a de suas duas filhas menores, de 14 e 7 anos.
Rebeca está atualmente nos Estados Unidos (EUA) acompanhando o marido, que está foragido da Justiça brasileira, após ter sido condenado pelo STF a 16 anos e 1 mês de reclusão.
A defesa informa que não houve nenhuma notificação sobre o bloqueio e atribui a medida ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Conforme o texto, “não houve comunicação formal com a impetrante acerca do bloqueio, e ela jamais foi intimada, citada ou notificada em qualquer processo, cível ou criminal, no STF.” Ao tentar obter informações, foi informada verbalmente pelo banco responsável que o bloqueio decorreu de uma decisão confidencial do Supremo Tribunal Federal, proferida pelo ministro Alexandre de Moraes.
A equipe jurídica de Rebeca qualificou a decisão como “abuso evidente, ilegalidade grave e perseguição”.
Já a Polícia Federal investiga a forma como o ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin durante a administração de Jair Bolsonaro (PL), deixou o território brasileiro. A hipótese é que ele tenha saído de forma clandestina pelo território da Guiana, com destino a Miami, EUA, onde permanece desde setembro do ano corrente.
Alexandre Ramagem nega ter recebido auxílio para deixar o país e publicou em sua rede social X (antigo Twitter) um vídeo intitulado “Estratégias para condenar inocentes”.
Ele declarou que a Polícia Federal, ao não conseguir prendê-lo neste processo que classifica como injusto e sem fundamento, está agora tentando incriminar e prender outras pessoas inocentes sob a acusação de terem ajudado na sua saída do Brasil. Ramagem reforçou que nenhum dos acusados o auxiliou e que não precisou de qualquer ajuda para deixar o país.

