A ex-primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon Hee, de 52 anos, foi detida nesta terça-feira (12/8) sob suspeita de envolvimento em tráfico de influência, pagamento de propinas e manipulação ilegal de ações. Kim Keon Hee é esposa do ex-presidente Yoon Suk Yeol, que perdeu o cargo após tentar instaurar um estado de exceção no país. As informações foram divulgadas pela Deutsche Welle (DW).
O promotor responsável pelo caso afirmou que Kim Keon Hee nega todas as acusações. Ela já passou por extensos interrogatórios na semana anterior, com duração de várias horas. No dia seguinte a esses depoimentos, um mandado de prisão foi emitido contra ela.
“Peço desculpas sinceras por causar transtornos, mesmo não sendo uma pessoa de grande importância”, declarou a ex-primeira-dama.
Uma das acusações contra ela envolve o recebimento de duas bolsas da grife Chanel, avaliadas em US$ 14,5 mil na época, além de um colar de diamantes, oferecidos como propina por grupos religiosos. Esses itens seriam uma forma de recompensa para que ela atuasse em favor dos interesses comerciais dessas organizações.
A decisão de prender Kim Keon Hee baseou-se no temor da promotoria de que ela pudesse destruir evidências e prejudicar a investigação em curso.
O ex-presidente e marido de Kim Keon Hee, Yoon Suk Yeol, enfrenta diversas acusações penais ligadas à suposta tentativa de golpe. Em 3 de dezembro de 2024, Yoon instaurou a Lei Marcial, restringindo direitos políticos e concedendo amplos poderes ao Exército. Contudo, sem apoio suficiente, ele revogou essa medida seis horas depois.
As acusações contra Yoon Suk Yeol podem resultar em prisão perpétua ou até mesmo na pena capital.