Há uma diferença entre a hipotética adesão à OTAN da Ucrânia e o ingresso ao bloco da Suécia e Finlândia que testemunhamos hoje, mas ambas as variantes são negativas para a Rússia, explica o membro correspondente da Academia de Ciências Militares da Rússia Aleksandr Bartosh.
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“A principal diferença é a situação geográfica destes países – em primeiro lugar. Além disso, as possiblidades de criarem ameaças para a Rússia também são diferentes – agora, depois de três meses da operação militar especial na Ucrânia, essas possibilidades diminuíram, mas potencialmente vão ser bastante altas. A Ucrânia possui uma infraestrutura industrial desenvolvida, recursos naturais, população numerosa, acesso ao mar Negro, a fronteira que a Ucrânia partilha com a Rússia é mais longa”, afirmou Bartosh em uma conversa com a Sputnik.
“Este acontecimento cria ameaças adicionais para a Rússia. A Rússia e a Finlândia partilham uma fronteira de cerca de 1,2 mil quilômetros – a Rússia terá de instalar lá forças adicionais, isso custa dinheiro.”