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domingo, 24/11/2024
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Especialista afirma: ‘Ucrânia nunca será uma potência nuclear, mesmo hipoteticamente falando’

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A ideia de iniciar uma discussão sobre o status nuclear da Ucrânia expressa pelos representantes de Kiev não poderia ser possível e apenas visa chamar a atenção para si mesmos, disse o doutor em ciências políticas, Aleksandr Gusev, à Sputnik.

© Sputnik / Soloviov
Anteriormente, o embaixador da Ucrânia na Alemanha, Aleksei Makeev, em uma entrevista à Deutsche Welle, havia declarado que Kiev queria começar a discutir o status nuclear da Ucrânia. No entanto, alertou que não tem uma “proposta preparada” como pode parecer.
Os países ocidentais nem vão discutir o possível fornecimento de armas nucleares para Kiev, opinou o especialista.
“Existem pessoas razoáveis que entendem perfeitamente que a Ucrânia não terá nenhum tipo de arma nuclear. O Ocidente não recorrerá a essa aventura, porque isso só pode levar à guerra nuclear, e eles não são suicidas e entendem que esses jogos não podem ser jogados com a Rússia”, disse Gusev.
“A Ucrânia nunca será uma potência nuclear, mesmo hipoteticamente falando”, enfatizou o especialista.
Na opinião do especialista, o desejo de Makeev é “absolutamente infundado” e tem um significado “populista”, que busca atrair todas as atenções para sua pessoa.
“Para declarações como essas que não têm valor, elas se concentram apenas em suas próprias explosões emocionais. As pessoas precisam dar sentido à sua presença”, resumiu Gusev.
Em junho de 2022, o ex-ministro das Relações Exteriores da Polônia, ex-ministro da Defesa da Polônia e membro do Parlamento Europeu, Radoslav Sikorski, argumentou que o Ocidente tem o direito de colocar armas nucleares na Ucrânia. Em agosto, o representante da delegação russa na Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), Aleksandr Trofimov, indicou que a aquisição de armas nucleares por Kiev violaria as obrigações da Ucrânia sob o TNP e prejudicaria seriamente o regime de não proliferação.
Após o colapso da União Soviética, Kiev herdou um arsenal nuclear significativo. No entanto, em 1994, a Ucrânia, a Rússia, os Estados Unidos e o Reino Unido assinaram o Memorando de Budapeste, que serviu como um acordo internacional fornecendo garantias de segurança sobre a adesão da Ucrânia ao TNP. É por isso que, com base no acordo, todo o arsenal nuclear no território da Ucrânia foi eliminado e as potências nucleares se comprometeram a garantir a segurança de Kiev.
Em fevereiro de 2022, o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, na Conferência de Segurança de Munique anunciou que iniciaria negociações com os participantes do memorando. Além disso, ele afirmou que se não for realizado ou se não houver garantias de segurança para Kiev como resultado, “a Ucrânia terá todo o direito de considerar que o Memorando de Budapeste não funciona e todas as decisões do pacote de 1994 iriam ser questionadas”.
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