O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, declarou nesta segunda-feira (8/9) que as operações militares israelenses em Gaza representam uma tentativa de extermínio de uma população indefesa. Segundo ele, existe uma distinção clara entre defender um país e bombardear hospitais.
Sánchez compartilhou um vídeo nas redes sociais reafirmando sua posição contrária às ações de Israel.
“Proteger seu território é algo diferente de atacar hospitais e ceifar a vida de crianças inocentes. O que Israel está realizando é o extermínio de um povo indefeso”, afirmou o político.
Ele também criticou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apontando que a operação militar iniciada em outubro de 2023 contra o Hamas transformou-se numa série de ocupações ilegais e ataques injustificáveis à população civil palestina.
“Isso não se caracteriza como defesa ou ataque legítimo. É o extermínio de uma comunidade indefesa e o desrespeito a todas as normas do direito humanitário”, apontou Sánchez.
Medidas adotadas contra Israel
Sánchez anunciou uma série de medidas contra Israel em resposta aos recentes ataques em Gaza. Uma delas é a implementação de uma lei que proíbe formalmente a compra e venda de equipamentos militares com o país.
Além disso, o governo espanhol interditou o uso de portos e do espaço aéreo da Espanha para o transporte de combustíveis ou armamentos destinados às forças israelenses.
O líder espanhol também declarou que qualquer indivíduo envolvido nos atos que qualificou como genocídio em Gaza terá a entrada na Espanha vetada. Por fim, anunciou ainda o incremento da assistência humanitária espanhola destinada ao povo palestino.