O governo da Espanha convocou, na quinta-feira (26), o encarregado de negócios da embaixada de Israel devido a um comunicado que acusava a Espanha de estar “do lado errado” da História. Esse comunicado foi emitido após o presidente do governo, Pedro Sánchez, mencionar um “genocídio” na Faixa de Gaza.
De acordo com fontes do ministério, a chancelaria “convocou o encarregado de negócios de Israel devido ao seu comunicado inaceitável a respeito do governo da Espanha“.
O encarregado de negócios representa o mais alto escalão da embaixada israelense na Espanha desde que o governo de Benjamin Netanyahu retirou a embaixadora para consultas em novembro de 2023, em resposta a outras declarações do chefe do governo espanhol.
Em Bruxelas, Pedro Sánchez expressou pesar pela “situação catastrófica de genocídio” na Faixa de Gaza e solicitou a suspensão imediata do acordo de associação entre a União Europeia e Israel.
A embaixada de Israel respondeu, publicando um comunicado em espanhol no X, classificando a posição de Sánchez como “moralmente indefensável”.
Segundo o comunicado, “A posição do governo coloca a Espanha em uma das margens mais extremas — e cada vez mais isoladas — da postura europeia sobre o Oriente Médio. E a situa, infelizmente, do lado errado da História”.
Desde o início do conflito, Madri já havia convocado o principal representante diplomático de Israel na Espanha em novembro de 2023, outubro de 2024 e maio de 2025, devido a desentendimentos.