Por Larissa Barros
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A Rodoviária do Plano Piloto, localizada no centro de Brasília, está passando por uma fase de reformas devido à privatização do espaço. Recentemente, foram colocadas esferas de concreto no estacionamento, conforme informado pela Concessionária Catedral, responsável pela gestão. O objetivo dessas barreiras é organizar o ambiente e impedir saídas irregulares.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) comunicou que não foi consultado antes da instalação dessas barreiras em formato de esferas de concreto na rodoviária e seus arredores.
Segundo a concessionária, essas mudanças fazem parte de um projeto maior que inclui a criação de novos acessos com rampas e sinalizações voltadas para pedestres e pessoas com mobilidade reduzida. Após a conclusão desta fase inicial, será feita uma avaliação para decidir se serão necessárias outras adaptações.
O Iphan destaca que sua missão é proteger a integridade dos edifícios e áreas urbanas tombadas, evitando alterações que possam prejudicar suas características originais. Esse trabalho acontece por meio da análise prévia de projetos e da proteção dos bens culturais imateriais.
A Concessionária Catedral reforça que está promovendo melhorias constantes desde que começou a gerir o terminal, um processo contínuo de modernização, manutenção e cuidado com os mais de 700 mil usuários diários da rodoviária.
O organismo também ressaltou que a preservação do conjunto urbanístico de Brasília é uma responsabilidade conjunta do Governo do Distrito Federal e do próprio instituto. A respeito da colocação das esferas de concreto, foi informado que o Iphan não foi consultado previamente.
Uma equipe técnica será enviada ao local para realizar inspeção e coletar dados. A análise do material será feita no âmbito do Grupo Técnico Executivo (GTE), que reúne o Iphan no Distrito Federal em parceria com as secretarias de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Cultura e Economia Criativa (Secec) e a DF-Legal.